Capiberibe aponta corrupção na Funasa do Amapá e pede mais controle social



O senador João Capiberibe (PSB-AP) comentou reportagens da revista Época e do Portal Brasil 247 que apontam desvios de mais de 45 milhões de reais em convênios firmados pela Fundação Nacional de Saúde  (Funasa/AP) com as prefeituras de Oiapoque e Laranjal do Jarí.

De acordo com o parlamentar, na Operação Citrus deflagrada pela Polícia Federal na última sexta-feira (22), foi preso o superintendente da Funasa no estado, José Roberto Galvão e outros envolvidos, ligados – segundo a reportagem do Portal Brasil 247 – ao ex-senador Gilvam Borges e ao senador José Sarney.

Na avaliação de João Capiberibe, casos como esse de corrupção contribuem para aumentar ainda mais a falta de credibilidade dos políticos junto a população, sobretudo diante da lentidão da Justiça em condenar envolvidos nesse tipo de crime.

– E eu acompanho o desempenho da Fundação Nacional de Saúde de meu Estado, o volume de recursos gasto para colocar água nas comunidades indígenas desde a metade dos anos 90, todos desapareceram. No norte do Amapá, na reserva indígena do Uaçá, onde vivem em torno de seis mil indígenas em sua reserva, em suas áreas, trabalhando, mergulhados na sua cultura, só tem uma comunidade indígena com água tratada,  onde eu coloquei água quando era governador – contou o senador.

Controle social

Ele avalia que a Lei de Acesso à Informação ( Lei 12.527/2011) é uma importante contribuição para diminuir a desconfiança da população em relação aos homens públicos, porque tornou obrigatória a exposição, em tempo real, de todas as despesas públicas de forma detalhada na internet. Mas, o senador entende que ainda persiste um distanciamento da sociedade, uma falta de interesse.

– Efetivamente, nós carecemos de um controle social maior dos gastos públicos. As informações estão disponíveis. Aqui mesmo no Senado, as informações de todos os Senadores, detalhadas, estão na internet à disposição de todos. E é necessário que a sociedade se anime, que as organizações da sociedade trabalhem no sentido de controlar os gastos e até de preveni-los, porque, muitas das vezes, uma compra superfaturada pode ser paralisada antes de que seja consumada – concluiu.



25/11/2013

Agência Senado


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