CARLOS BEZERRA COBRA RAPIDEZ NA REFORMA DO REGIMENTO
O senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) voltou a cobrar hoje (dia 9) rapidez nareforma do Regimento Interno do Senado. Segundo ele, é preciso modificar, com urgência, dispositivos como o que permite ao parlamentar falar "pela liderança" por 20 minutos. Carlos Bezerra disse que esse procedimento "tolhe o direito dos outros senadores que se inscreveram duas semanas antes e ficam esperando horas a fio sua vez de falar".
Outro dispositivo criticado por Carlos Bezerraé o relacionado àquestão de ordem, que deveria consumir apenas dois minutos, mas, segundo osenador, termina setransformando emverdadeiro discurso.
O senador analisou também a questão dareforma tributária, cuja propostaestá sendoe elaborada pelo governo. Para CarlosBezerra, o sistema tributário atual é caro no custeio da máquina arrecadadora, vulnerável à evasão, sonegação e fraude, injusto e regressivo. "Simplificar a vida dos contribuintes, reduzir a sonegação, propiciar maior justiça social e elevar a arrecadação sem agravar a carga tributária é o desafio que se apresentará para todos nós, parlamentares, nos próximos meses", declarou.
Para levar adiante a reforma pretendida pelo governo, o senadorsugeriu ao presidente Fernando Henrique Cardoso buscar rapidamente o entendimento, um acordo político amplo, envolvendo, principalmente, estados e municípios. Carlos Bezerra alertou para as fortes restrições a reformas de maior envergadura impostas pela divisão de forças políticas, pelo antagonismo e pelo caráter paradoxal dos interesses envolvidos, que acabam debilitando o sistema de sustentação e o apoio governamental.
Carlos Bezerra defendeu que o governo busque os recursos necessários à política social junto às classes de maior poder econômico. O senador acredita que a proposta do governo para a reforma tributária deve levar em conta que é impossível querer, ao mesmo tempo, equilíbrio orçamentário, desenvolvimento econômico, investimentos nas áreas sociais e redução da carga tributária. "Necessariamente, algo tem que ser sacrificado", afirmou, lembrando que a prática no Brasil, no momento de cortar gastos públicos, é fazê-lo na área social.
09/08/1995
Agência Senado
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