Carlos Bezerra culpa governo por acúmulo de votações de créditos no fim de ano
Para ele, o Executivo "corta ao máximo as emendas que os parlamentares incluem no orçamento", pretendendo com isso gerar um superávit primário nas contas públicas. No entanto, ao final do ano, o governo envia ao Congresso dezenas de pedidos de créditos, alguns prevendo gastar exatamente parte do dinheiro economizado para o superávit.
- Isso é um desrespeito ao Congresso. Primeiro, o governo economiza cortando as emendas dos parlamentares e, depois, pede para gastar o excesso de economia em projetos que nem fazem parte do orçamento - sustentou Carlos Bezerra.
Na tarde desta quarta-feira o senador presidiu reunião da Comissão Mista de Orçamento destinada a votar 66 pedidos de créditos do governo, mas a oposição obstruiu ao máximo os trabalhos, usando todos os artifícios regimentais. Um desses foi o de fazer a leitura da íntegra dos relatórios elaborados pelos parlamentares sobre o crédito solicitado, quando há o costume de se lerem apenas as conclusões.
Também dentro da estratégia de obstrução, a oposição pediu verificação do número de presentes, o que exigiu chamada nominal dos deputados e senadores. No final, foi aprovado apenas um crédito suplementar, que destina R$ 10 milhões ao Ministério da Ciência e Tecnologia, os quais completarão as verbas do programa de enriquecimento de urânio da Indústrias Nucleares do Brasil S.A. Restam ainda 65 solicitações de créditos, no valor de R$ 9,9 bilhões. Outros R$ 10 bilhões estão à espera de votação pelo Plenário do Congresso Nacional.
19/12/2001
Agência Senado
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