CARLOS BEZERRA PREGA ADOÇÃO DE MEDIDAS CONTRA O DESEMPREGO



Ao classificar o desemprego de "flagelo do mundo globalizado", o senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) instou o governo a adotar medidas diversificadas para combater o problema no Brasil. O senador defendeu o controle do impacto da abertura comercial, a redução dos juros e, principalmente, a qualificação e o treinamento profissional.

Para Bezerra, cabe à própria sociedade, especialmente às entidades representativas dos trabalhadores e empregadores, um papel fundamental na estratégia de combate ao desemprego. "Mas, ninguém contesta caber ao Estado o papel decisivo. Não se pode delegar ao mercado a tarefa de definir políticas públicas (industriais, agrícolas e de competitividade) a partir das quais se poderá aumentar nossa capacidade exportadora."

O senador reconheceu estar o Ministério do Trabalho dinamizando seus programas de capacitação de trabalhadores, mas ponderou serem os números muito tímidos e aquém da demanda que vem sendo captada em todos os estados e municípios. "A proposta prevê a meta de2,3 milhões de treinandos, para um dispêndio restrito a R$ 523 milhões", afirmou.

Segundo Bezerra, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) poderia financiar, ao menos, o contingente de trabalhadores sob sua responsabilidade direta: os beneficiários do seguro-desemprego que somam, na média do último triênio, 4,3 milhões de pessoas. "Para atendê-las no próximo ano, a dotação orçamentária precisaria ser ampliada para R$ 980 milhões,número plenamente compatível com as disponibilidades financeiras do FAT", destacou.

Ao ponderar que "falar da minha aldeia é falar do mundo", Bezerra citou números de desemprego apurados em pesquisa realizada em 93 bairros da Grande Cuiabá: 14,6%. "Foram utilizados os mesmos cálculos da metodologia do IBGE, reconhecida pelo governo, que aponta 8,18% como taxa em nível nacional".

Carlos Bezerra ressaltou que apesquisa define soluções regionais, como o socorro a mais de mil empresas industriais que estão endividadas - precisando de capital de giro para não desempregar mais - e a preparação de mão-de-obra levando em consideração a importância da atividade agrícola no estado. "A redução de 5,4 milhões de hectares na área plantadano Brasil já desempregou 2 milhões de trabalhadores rurais e Mato Grosso foi particularmente afetado."



19/06/1998

Agência Senado


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