CCJ aprova projeto que amplia rol das penas alternativas



Como parte do pacote antiviolência, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (18), em decisão terminativa, alterações no Código Penal com o objetivo de ampliar o rol de aplicação de penas alternativas. Entre as mudanças, está a que permite ao juiz substituir a pena de privação da liberdade pelo recolhimento domiciliar, com o compromisso de o condenado freqüentar curso escolar ou profissionalizante.

O relator, senador Valter Pereira (PMDB-MS), ao apoiar o projeto (PLS 163/07) de autoria do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que tem por meta valorizar as penas alternativas, apresentou um substitutivo aproveitando parte de projeto (PLS 137/07) do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que também trata do tema.

As principais modificações aproveitadas no substitutivo de Valter Pereira, tomando por base o projeto de Demóstenes, são duas: a primeira permite ao juiz aplicar outras penas alternativas não previstas na legislação, levando-se em conta a situação econômica, a aptidão e a personalidade do réu. A segunda retira da legislação (artigo 43 do Código Penal) o limite máximo de 360 salários mínimos para a pena de prestação pecuniária, para punir com rigor o criminoso de maior poder aquisitivo.

O projeto aprovado pela CCJ também dá preferência às vítimas e a seus dependentes diretos, quando se tratar de recebimento de indenização em dinheiro fixada pelo respectivo juiz.

Para Mercadante, a aprovação da matéria vem em boa hora, já que pesquisas demonstram que é bem maior o índice de reincidência entre os condenados presos do que entre aqueles que obtiveram penas alternativas.



18/04/2007

Agência Senado


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