CCJ: Zulke diz que golpe é estratégia da oposição



O deputado Ronaldo Zülke (PT) entende que o comportamento adotado pela oposição durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça na Assembléia, realizada nesta terça-feira, dia 12/6, demonstra a falta de seriedade destes políticos. Na audiência, os parlamentares do PFL, PPB e PMDB passaram por cima do Regimento Interno do Legislativo e rejeitaram o parecer do relator Bernardo de Souza (PPS) ao pedido de abertura de processo de impeachment contra o governador Olívio Dutra. Souza indicou a inadmissibilidade do pedido. “A oposição não tinha os oito votos exigidos pelo Regimento para derrotar o parecer e aplicou mais um golpe ao rejeitar a posição do deputado Bernardo de Souza sem o quórum mínimo previsto”, afirmou Zülke. O petista, que está no interior acompanhando as reuniões do Fórum Democrático de Desenvolvimento que está debatendo a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias -, disse que mesmo à distância não podia deixar de manifestar sobre o tema. “Como integrante da CPI da Segurança Pública, tenho acompanhado as tentativas de golpes que a oposição tenta aplicar, mudando as regras para votação de requerimentos conforme a situação”. Zülke recordou que a CPI já começou com uma tentativa de fraude jamais verificada na Assembléia gaúcha, quando o nome de um ex-deputado do PMDB foi incluído no documento que solicitou a sua instalação. “Depois, outras pequenas manobras viraram rotina, sendo que na última reunião estes partidos não queriam aceitar a votação de um requerimento encaminhado pela nossa bancada com o argumento de que faltavam os nomes completos das testemunhas propostas. Entretanto, outros requerimentos já haviam sido votados sem esta exigência, inclusive um neste mesmo encontro”, revelou o parlamentar. Zülke lembrou ainda o golpe aplicado na Comissão de Finanças, que alterou a relatoria do projeto orçamentário no ano passado. “Era competência do presidente da Comissão indicar o relator do projeto do Orçamento, mas outro golpe mudou esta norma e a relatoria foi entregue a um parlamentar da oposição”. Outras situações lembradas por Zülke foram as alterações do Regimento Interno para impedir o governo de retirar projetos da pauta de votações, as mudanças no prazo para votação das leis orçamentárias, para convocação de secretários, além da criação de uma instância paralela à Comissão de Finanças, a Comissão de Fiscalização do Orçamento, para ser presidida pelo PMDB. “Na ânsia de criar obstáculos ao nosso governo, grande parte da oposição adotou uma postura incompatível com o alto nível político do Rio Grande do Sul”, criticou Zülke. Para ele, a estratégia da oposição está condenada ao fracasso. “Os eleitores gaúchos não confiam em partidos e dirigentes políticos que sobrevivem de golpes. A eleição passada já demonstrou isto”.

06/12/2001


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