César Borges acusa o governo de influenciar eleições com uso da máquina



O senador César Borges (PFL-BA) fez duras críticas ao comportamento do governo federal nas eleições municipais deste ano. Segundo o senador, derrotado na disputa pela Prefeitura de Salvador para o candidato do PDT, João Henrique, "o PT valeu-se dos mais inescrupulosos e desprezíveis métodos".

- Uso da máquina administrativa, abuso do poder político, descumprimento da legislação eleitoral, intimidação e ameaça - citou o senador nesta quarta-feira (3).

César Borges acusou o governo de transformar o Orçamento da União em instrumento político, beneficiando candidatos petistas. Levantamento publicado pela Folha de S. Paulo, citado pelo senador, indica que as prefeituras governistas receberam cerca de quatro vezes mais recursos que os municípios dirigidos pela oposição, em termos per capita.

- A cidade de Vitória da Conquista (BA), administrada pelo PT, obteve, até o início do mês de julho, R$ 12,5. Mais recursos do que recebeu, por exemplo, a cidade de Salvador, ou até mesmo o Rio de Janeiro - disse.

De acordo com o senador, a Petrobras participou ativamente da campanha petista, financiando material e eventos de cunho eleitoral. Além disso, a Prefeitura de Salvador, atualmente administrada pelo PFL, sofreu represálias do governo, expressas, segundo César Borges, no corte de empréstimo de US$ 32 milhões do Banco Mundial e na falta de recursos para a construção do metrô soteropolitano.

César Borges disse que "apesar das manobras" o PT sofreu duras derrotas, a maior delas em São Paulo.

- Todas as imoralidades foram cometidas em nome da reeleição da prefeita Marta Suplicy, mas o povo escolheu a chapa PSDB/PFL. Sem dúvida alguma uma derrota emblemática para o PT, que dizia ser "questão de honra" a vitória na capital paulista - afirmou.

O senador também atacou as alianças feitas pelo PT este ano, segundo ele, guiadas apenas pelo oportunismo político.

César Borges recebeu a solidariedade dos senadores pefelistas Heráclito Fortes (PI), Efraim Morais (PB), Antonio Carlos Magalhães (BA), José Agripino (RN), Marco Maciel (PE), Jorge Bornhausen (SC) e Rodolpho Tourinho (BA). Além deles, deram apoio a César Borges Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Mão Santa (PMDB-PI) e Luiz Otávio (PMDB-PA).



03/11/2004

Agência Senado


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