César Borges anuncia adesão à CPI Waldomiro Diniz
- Não se trata de qualquer tipo de retaliação ou vingança contra o governo federal pela interferência ilegal e indevida nas eleições municipais, como de fato já denunciei desta mesma tribuna. Até porque jamais estabeleci com qualquer membro do governo qualquer compromisso no sentido de assinar ou deixar de assinar as CPIs que venham a ser propostas nesta Casa.
Na opinião de César Borges, o governo nunca esteve interessado em investigar o caso Waldomiro. Para ele, o chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Waldir Pires, em vez de agir nesse caso, "continua desperdiçando recursos públicos escassos para perseguir seus adversários políticos". O senador indagou onde estava a Controladoria quando a Rede Globo denunciou casos extremamente graves envolvendo o uso ilegal de dinheiro público.
- Onde estava a Controladoria nas viagens da ministra Benedita, nas denúncias envolvendo o favorecimento de empreiteiras no Ministério dos Transportes, no caso da ONG Ágora, na Máfia dos Vampiros?
No caso de Waldomiro Diniz, César Borges disse que, apesar das manifestações favoráveis de vários pefelistas à instalação da CPI, por uma questão de convicção pessoal, decidiu inicialmente não apoiar a CPI, por considerar a criação de CPIs uma medida extrema, que deve ser utilizada apenas quando os órgãos competentes para apurar ilegalidades não estiverem conseguindo avançar satisfatoriamente nas investigações.
De acordo com César Borges, naquela ocasião, muitos integrantes da bancada governista declararam categoricamente que o episódio seria examinado à exaustão, o que, em sua opinião, nunca aconteceu.
- Onde estão essas tão difundidas providências? O que foi apurado até agora? Quantas pessoas foram ouvidas? Que poder tinha efetivamente o sr. Waldomiro dentro do governo? Quais os reais prejuízos para o erário público? O sr. Waldomiro agiu sozinho ou há outros envolvidos? Quantos foram devidamente punidos ou afastados?
Para o senador, na verdade o Executivo nunca esteve interessado em investigar o caso Waldomiro.
- Confesso que me sinto enganado pelo governo, pois confiei na promessa de que haveria uma investigação ampla e transparente e por isso não assinei, naquela época, a CPI sobre o caso.
04/11/2004
Agência Senado
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