César Borges critica demora na implementação de ações governamentais



Após recente exposição do ministro das Cidades, Olívio Dutra, no Senado Federal, o senador César Borges (PFL-BA) concluiu nesta quinta-feira (28) ser -preocupante a falta de definição do governo federal em relação às políticas governamentais-. Na sua opinião, questões importantes e urgentes para o bem-estar da população e o desenvolvimento do país, como o saneamento básico, continuam sem uma definição clara oito meses depois de iniciado o governo Luiz Inácio Lula da Silva.

- O ministro Olívio Dutra trouxe poucas novidades em termos de atuação efetiva do governo federal - afirmou, lembrando ter ouvido apenas -muitas avaliações, diagnósticos e promessas para o futuro-.

A única coisa concreta anunciada pelo ministro da Cidades, segundo César Borges, foi a criação de um grupo de trabalho interministerial para realizar estudos e elaborar propostas que integrem as ações de saneamento ambiental no âmbito do governo federal.

Enquanto reclamava da falta de ações concretas na área, o senador informou que quase 20 milhões de domicílios aguardam esgoto sanitário e que a inadequação dos serviços de saneamento responde por 65% das internações hospitalares no país e pela morte por diarréia de 50 mil crianças por ano. Com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), ele reafirmou a ausência do saneamento no rol de prioridades do governo federal, pelo fato de, dos R$ 224,2 milhões previstos para serem aplicados em 2003, apenas R$ 1,1 milhão foi alocado no primeiro semestre.

César Borges ainda deu outros exemplos do -espetáculo de indecisão governamental-, como a paralisação das obras do metrô de Salvador, a indefinição sobre o apoio público à resolução da crise na aviação comercial, a falta de investimentos na manutenção das rodovias.

- Não dá mais para continuar empurrando com a barriga os problemas do país como tem feito o governo até agora. O povo quer mais soluções e menos retórica - disse.

Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) disse que registros como esse é que o fazem desanimar e adotar as palavras do vice-presidente da República, José Alencar, que considerou o ano de 2003 como perdido. O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) disse que a Comissão de Fiscalização e Controle (CFC), que preside, deve pedir informações sobre investimento em saneamento à Caixa Econômica Federal, agente financiador do setor. Já a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) questionou os investimentos no setor feitos pelo governo anterior, sustentando que Santa Catarina não foi bem atendida quanto a obras em saneamento no período.



28/08/2003

Agência Senado


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