César Borges teme desinteresse por obra rodoviária na Bahia
O senador César Borges (DEM-BA) teme que a decisão do governo federal de recuperar 660 quilômetros de estradas na Bahia (BRs 324 e 116) por meio de concessão em vez do instituto da Parceria Público-Privada (PPP) possa afugentar investidores. A mudança foi motivada, segundo afirmou, pelo desinteresse do governo federal em investir nas obras.
- O próprio ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, disse ao jornal Folha de S. Paulo que 'concessão é melhor para o governo porque ele não tem que investir' -, comentou.
De acordo com o parlamentar, a recuperação da BR-324, que liga Salvador a Feira de Santana e é a principal rodovia da Bahia, e a duplicação da BR-116 - conhecida como Rio-Bahia - no trecho entre Feira de Santana e o Rio Paraguassu seriam as primeiras obras de infra-estrutura realizadas por meio de PPP.
César Borges informou que o governo federal teria que fazer, nesse sistema, um aporte anual de R$ 36 milhões nas rodovias e admitir que a empresa escolhida para explorar o pedágio cobrasse R$ 3,50 a cada 100 quilômetros. Com a mudança para concessão, o ministro Alfredo Nascimento teria assegurado, em telefonema ao parlamentar do Democratas, que o valor do pedágio seria menor e que os serviços estariam licitados até o final do ano.
- Vamos cobrar o edital das obras e que haja participantes interessados, mas não podemos deixar de dizer que o governo não quer fazer investimentos - declarou.
A precariedade no atendimento de saúde financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia foi outro assunto abordado por César Borges. Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) chamou atenção para o estado de "sucateamento hospitalar" que toma conta do país.
17/07/2007
Agência Senado
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