CFC debaterá programa espacial brasileiro



O programa espacial brasileiro será debatido na Comissão de Fiscalização e Controle (CFC). Requerimento do senador Gerson Camata (PMDB-ES) para realização de audiência pública com os ministros da Defesa, José Viegas Filho, e da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, e com o presidente da Agência Espacial Brasileira, Luiz Bevilacqua, foi aprovado nesta quarta-feira (27) pela comissão.

- A opinião pública precisa saber o que se quer com esse programa espacial, quanto está custando aos cofres públicos, quanto poderá render. Porque satélites de comunicações se pagam rapidamente, podem ser alugados para outros países e se tornarem uma fonte altamente lucrativa - justificou Camata. Ele disse que os Estados Unidos, a França e, recentemente, a China estão atuando com -muita competência- e bons resultados financeiros no aluguel de transponders dos seus satélites.

O senador observou que o Brasil possui uma situação privilegiada por sua grande extensão territorial, o que lhe permite maior espaço na órbita terrestre para a manutenção de satélites geoestacionários. Segundo Camata, só o Canadá, a China e a Rússia possuem condições semelhantes às brasileiras. Isso significa, acrescentou, que, se houver essa opção comercial, -o programa espacial brasileiro poderá se tornar auto-suficiente-.

O presidente da CFC, senador Ney Suassuna (PMDB-PB), considerou a iniciativa de Camata muito oportuna em função de todo o debate suscitado após o acidente na Base de Alcântara, que vitimou 21 técnicos do programa espacial brasileiro. Suassuna lembrou que foi o terceiro insucesso do projeto do Veículo Lançador de Satélite, concebido na década de setenta, e o primeiro a provocar tantas mortes. Mas defendeu o convênio firmado com a Ucrânia no valor de US$ 140 milhões para viabilizar o lançamento dos dois próximos satélites Brasilsat.



27/08/2003

Agência Senado


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