Ciro passa a ignorar Serra
Ciro passa a ignorar Serra
Frente Trabalhista muda estratégia e anuncia que vai ignorar o tucano, buscando a polarização com Lula. A briga com Serra, avisa, se dará agora apenas na Justiça Eleitoral
BRASÍLIA – O candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes (PPS), decidiu mudar a estratégia de campanha: vai deixar de responder aos ataques do tucano José Serra e polemizar apenas com o petista Luiz Inácio Lula da Silva. “Devemos concentrar a discussão política com o candidato do PT e estou convencido de que, fazendo isso, poderemos chegar ao primeiro lugar nas pesquisas, na disputa com Lula, ainda no primeiro turno”, explicou o coordenador da campanha de Ciro, deputado Walfrido Mares Guia (PTB-MG). As respostas ao tucano, prosseguiu, serão dadas pela Justiça Eleitoral, ”que tem sido satisfatória e rápida nas suas decisões”.
Nas avaliações dos últimos dias, a cúpula da campanha de Ciro entendeu que se o candidato do PPS continuasse aceitando as provocações de José Serra somente ele seria prejudicado, deixando Lula incólume para chegar ao segundo turno. Para Waldrido, esta é uma estratégia das lideranças tucanas paulistas que querem apoiar Lula no segundo turno, fazendo com que Ciro chegasse lá atingido pelos ataques.
“Vamos deixar Serra falando sozinho e concentrar nossa atenções no discurso de Lula”, salientou Walfrido. A decisão da cúpula da Frente Trabalhista é de que os ataques só serão rechaçados via TSE, com direito de resposta e em palanques, durante discursos.
Em hipótese alguma serão dadas respostas em entrevistas ou em programas de TV e rádio. Este espaço será usado para mostrar as idéias da coligação.
Para que esta estratégia dê certo, Ciro Gomes já se reuniu com o seu candidato a vice, Paulo Pereira da Silva, e com o deputado Roberto Jefférson (PTB-RJ), para pedir que os dois não aceitem as provocações de Serra, repetindo a frase que tem dito nos últimos dias.
“Eles devem colocar esparadrapo na boca”, brincou um assessor de Ciro, que tem repetido aos correligionários que os tucanos não vão lhe arrastar para lama. O senador Roberto Freire (PPS-PE) concorda com esta tática e vai ajudar a acalmar os ânimos dos aliados de Ciro mais exaltados.
Essa mudança não significa que Ciro Gomes vá passar a atacar Lula, conforme garantiram auxiliares do candidato da Frente Trabalhista. “Vamos discutir as suas idéias e questionar as incoerências de várias propostas do seu partido”, salientou Walfrido, reiterando que o debate será de alto nível, com discussão de propostas, apontando algumas questões que consideram incoerentes e inconseqüentes no discurso de Lula.
Sábado, Ciro esteve em São Borja (RS), onde visitou o túmulo do ex-presidente Getúlio Vargas, acompanhado de Leonel Brizola (PDT) e do candidato a governador do Rio Grande do Sul Antônio Britto (PPS).
CAMINHONEIROS INICIAM GREVE
Um mal-entendido em relação ao horário para iniciar a greve nacional de caminhoneiros exigiu ontem um esforço maior da coordenação do movimento para garantir a adesão da categoria. Segundo José da Fonseca Lopes, presidente da Federação Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos (Fetrabens) e coordenador da greve nacional, houve uma confusão porque muitos caminhoneiros achavam que a paralisação, marcada para a zero hora de domingo, começaria nas primeiras horas da segunda-feira. O Ministério dos Transportes deve atender algumas das reivindicações apresentadas ao Governo pelos caminhoneiros, para evitar que a greve prossiga.
Amigos prestam homenagem a Maciel no embalo da campanha
O PFL começa hoje uma campanha mais ofensiva para garantir a liderança e uma votação expressiva do vice-presidente Marco Maciel (PFL) na disputa para o Senado Federal. O pefelista caiu três pontos na 2ª pesquisa Ibope, divulgada na sexta-feira (23), e está com 41% da intenção de voto (tinha 44%). O primeiro ato político de campanha do candidato acontece, às 18h, na Blue Angel, no bairro Benfica.
A pretexto de marcar o aniversário de Maciel – que completou 62 anos no mês passado, mas não comemorou em razão do falecimento de sua mãe – os macielistas preparam uma grande festa, hoje, que contará com a participação de ‘pesos pesados’ da aliança, como o governador-candidato Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Apesar de líder nas pesquisas, o PFL entende que Marco Maciel precisa sair das urnas de 6 de outubro com uma votação expressiva, como forma de “exaltar” a trajetória política do vice-presidente. O tema que está pautando a campanha ao Senado será o mote dos discursos previstos: o trabalho do pefelista em favor de Pernambuco. O primeiro suplente de Maciel, Gustavo Krause (PFL), será o porta-voz da mensagem.
INSS LANÇA NOVO FORMULÁRIO
Empresas que têm trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde e à integridade física terão de usar um novo formulário comprovando essas atividades a partir de 1º de janeiro de 2003. O novo formulário é o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), que foi aprovado pela Diretoria Colegiada do INSS com o objetivo de agilizar e uniformizar a análise dos processos de reconhecimento, manutenção e revisão de direitos dos beneficiários da Previdência Social. O novo formulário é mais completo que o atual (Dirben 8030, também conhecido por SB 40). Por isso, trará mais subsídios para o médico do trabalho avaliar em que condições as atividades foram exercidas pelo trabalhador.
Uruguaios cobram nova política econômica
MONTEVIDÉU – Trabalhadores e empresários, com apoio dos partidos de esquerda, pediram ontem ao presidente Jorge Batlle mudanças na política econômica para que o Uruguai saia da maior crise de sua história. Quase 100 mil pessoas, segundo os organizadores, se reuniram, em clima tranqüilo e sem proteção policial, para advertir que, por causa da crise, “a pátria está em perigo”.
A multidão, que cobriu uma dezena de quadras em frente ao Obelisco dos Constituintes, respondeu à convocação da central sindical PIT-CNT e de uma organização de pequenos e médios empresários. O Encontro Progressista Frente Ampla (EPFA, esquerda), partido político que controla 40% do Parlamento, e o Novo Espaço, centro-esquerda, 5%, também participaram do protesto.
O dirigente sindical José Suárez informou que o secretariado da PIT-CNT vai esperar, hoje e amanhã, alguma resposta do Governo aos pedidos populares, e na próxima quarta-feira se reunirá para avaliar a situação e estruturar um plano de mobilização contra a política econômica.
Suárez disse que a central calculou que desde a livre flutuação do câmbio, estabelecida em 20 de junho, o país perdeu entre 25% e 30% do poder aquisitivo.
“Não queremos desestabilizar nenhum governo, o que queremos é que este presidente (Jorge Batlle), que disse que era o presidente de todos os uruguaios, governe como prometeu: para todos”, afirmou o sindicalista.
Saldo comercial é arma para atrair investimento
Pedro Malan e Armínio Fraga se reúnem hoje com dirigentes de bancos estrangeiros em Nova Iorque. O objetivo é recuperar a credibilidade do País e conseguir financiamentos para exportações
BRASÍLIA – Um superávit maior na balança comercial neste ano será o trunfo do Governo Federal para começar a virar o jogo a favor do Brasil. A avaliação é de que um saldo comercial robusto em 2002, superior às previsões iniciais, seja um fator decisivo para reverter as expectativas desfavoráveis dos investidores estrangeiros em relação à economia brasileira. Hoje, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, se reúnem, em Nova Iorque, com os dirigentes dos maiores bancos estrangeiros com investimentos no Bras il. No encontro, vão explorar esse dado favorável da economia na tentativa de recuperar a credibilidade do País no exterior.
Recentemente, o Governo reviu a sua projeção de superávit comercial de US$ 6 bilhões para US$ 7 bilhões e, agora, acredita-se que o saldo poderá ser maior. “Se conseguirmos manter bons saldos durante alguns meses, melhoraremos brutalmente as expectativas”, afirmou um integrante da equipe econômica. O objetivo da reunião de hoje será mostrar que o resultado comercial está dando uma contribuição fundamental para o ajuste das contas externas. Esse é um ponto importante, pois uma redução do déficit nas transações do Brasil com o exterior diminui a necessidade de o País ter que atrair dólares para financiar suas despesas.
Não foi à toa que, na última quinta-feira, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, chamou a imprensa para anunciar que a balança comercial fechará o ano com um superávit de US$ 7 bilhões. No início do ano, acreditava-se que o saldo positivo seria de US$ 5 bilhões.
Depois, a previsão subiu para US$ 6 bilhões. A expectativa de que o resultado ultrapasse até mesmo a projeção mais recente está embasada nos últimos números do comércio brasileiro, segundo os quais, em 12 meses o superávit acumulado supera R$ 7 bilhões.
Em julho, o saldo comercial surpreendeu, chegando a US$ 1,197 bilhão, o maior desde outubro de 1994. Até a terceira semana de agosto, o superávit era de US$ 831 milhões, abrindo caminho para mais um resultado elevado no mês. Com isso, no ano, o saldo acumulado é de US$ 4,634 bilhões. O superávit comercial é o dado positivo que o Brasil tem para mostrar. Por isso, a importância da retomada do crédito internacional é o motivo principal da reunião de hoje.
Será preciso dar gás às empresas exportadoras para garantir um aumento das vendas até o final do ano. Neste momento de crise, fica em segundo plano o fato de o superávit comercial ser assegurado muito mais pela redução das importações do que por uma melhora das exportações. De janeiro a julho, os gastos com as importações caíram 18,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa queda reflete principalmente a retração do crescimento econômico no Brasil e a redução dos investimentos na produção. Enquanto isso, do lado das exportações, a queda de janeiro a julho foi de 7,7%. Os principais fatores responsáveis por essa redução foram diminuição dos preços internacionais, a retração da economia mundial e a crise da Argentina, importante mercado para o Brasil.
Colunistas
PINGA FOGO – Inaldo Sampaio
O pós eleições
Supondo-se que Jarbas seja reeleito, conforme as pesquisas estão indicando, deverá haverá em Pernambuco depois dessas eleições uma profunda rearrumação no quadro.
Há muito pouco espaço no “Arenão” para acomodar todos os projetos, o que obrigará muitos parlamentares a buscarem saída em outras legendas, inclusive de oposição.
Caso sejam eleitos em outubro, Carlos Eduardo Cadoca, Raul Henry, Roberto Magalhães e Joaquim Francisco serão potenciais candidatos a prefeito do Recife em 2004, que é quando se começa a armação do jogo para a disputa do governo estadual em 2006.
Isso vale também para Inocêncio Oliveira, Armando Monteiro Neto e Sérgio Guerra, possíveis candidatos à sucessão da sucessão, caso se elejam em 6/10. Com os R$ 2 bi da venda da Celpe nos cofres do governo, Jarbas, mesmo aos trancos e barrancos, conseguiu ser o ponto de união dessas forças políticas. Mas daqui a quatro anos não haverá outro Jarbas concorrendo nem outra Celpe para ser vendida.
Por isso, chega a ser sintomática a aproximação cada vez maior, nessas eleições, de Joaquim Francisco com Armando Monteiro, e deste com Carlos Wilson. Esse trio unido e com mandato poderá operar grandes transformações na política local a partir de 2003.
Cartas na mesa
Reeleito vereador no Recife pelo PMDB, Jorge Chacrinha (foto) está tentando um mandato de deputado estadual nessas eleições fazendo dobradinha com Cadoca. Hoje, eles inauguram um comitê conjunto na Av. Boa Viagem, 2072, a partir das 11 da manhã. Chacrinha está filiado ao PSC, que não se coligou com ninguém no pleito atual, mas tem um bom número de candidatos, a começar por ele próprio, Ana Rodovalho, Wálter Souza, Ana Cavalcanti e Eduardo Rodovalho.
Sem o “João”
Depois que João Arraes (PSB) apareceu na última pesquisa do Ibope com 12% das intenções de voto, contra 16% de Sérgio Guerra (PSDB), com quem disputa, hoje, o 3º lugar, um marqueteiro que não tem nada a ver com a campanha dele o aconselhou a espalhar outdoor no Estado unicamente com esta inscrição: “Arraes para senador”.
Além do horizonte
Diferentemente de Osvaldo (PFL), que é uma espécie de “deputado distrital” do Vale do São Francisco, seu sobrinho Clementino Coelho (PSB), também deputado federal, começa a expandir seu raio de influência. Graças a um pedido de Sérgio Guerra ele será apoiado em Gravatá pelo prefeito Joaquim Neto (PSDB). E deverá ser majoritário.
Petistas vão a Petrolina atrás do primeiro voto
À caça do 1º voto, o advogado e candidato a deputado federal Maurício Rands (PT) esteve em Petrolina na última 6ª feira, onde se realizava um congresso de estudantes universitários, com Carlos Wilson e Humberto Costa.
Democracia verde está apostando em seis estaduais
Pelos cálculos do vereador Sílvio Costa, a “Democracia Verde” (PV-PSD) elegeria 6 estaduais. Ele próprio, Braga, Sebastião Oliveira, Ricardo Costa, Lourival Simões, Eduardo Melo e Denivaldo Freire seriam os nomes de maior cacife.
Guerra seria o 1º
Raul Henry (PMDB) “herdou” em Arcoverde os votos de Orisvaldo Inácio (PMDB) e José Marcos (PFL), que desistiram da reeleição, mais os de Roberto Coelho, que é o atual vice-prefeito. Tem o apoio da prefeita Rosa Barros (PFL) mas, por não ser filho da terra, deverá ter menos votos que Israel Guerra (PSDB).
Ausente da briga
A troca de acusações entre Serra e Ciro lembra o que ocorreu no Recife, em 85, na disputa pela prefeitura. Naquela época, enquanto Jarbas se digladiava com Sérgio Murilo, João Coelho distribuía flores pelas ruas e quase ganha a eleição. Hoje, é Lula quem está alheio à briga entre o candidato de FHC e o pupilo de Tasso.
A entrada do PPS na aliança governista foi um mal negócio para o deputado Lula Cabral, que concorre à reeleição pelo PMDB e deverá disputar a prefeitura do Cabo em 2004. É que o prefeito Elias Gomes (PPS), seu principal adversário no município, tem mais trânsito junto a Jarbas e ao governo do
que ele.
O ex-prefeito Nílton Carneiro (PST) reapareceu anteontem em Jaboatão pedindo votos para deputado estadual. Numa roda, disse que já alertou seus familiares: não tem dinheiro para custear o funeral. E como a Assembléia Legislativa não banca mais enterro de ex-deputado, eles devem apelar para Geralda Farias, na Cruzada de Ação Social.
Eleito com o apoio de Arraes no ano 2000 e hoje aliado de Jarbas Vasconcelos, o prefeito de São José do Egito, Paulo Jucá (sem partido), foi para a entrada da cidade esperar Humberto Costa e João Paulo (PT), que estiveram naquele município para participar de um comício. Segundo ele, Lula será vitorioso, lá.
Mesmo que Ciro derrote Lula num eventual 2º turno vai precisar do PT no futuro governo. Essa é a opinião de Roberto Freire (PPS), referendada também por Mangabeira Unger, que disse o seguinte: “Precisamos do PT porque lá estão os melhores quadros da política brasileira para contrabalançar as alianças (de Ciro) com o campo conservador”.
Editorial
DA RIO-92 À RIO+10
Está se iniciando hoje em Johannesburgo, n a África do Sul, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, chamada também de Rio+10, por realizar-se dez anos depois de idêntica conferência que teve lugar no Rio de Janeiro, chamada abreviadamente Rio-92. Estão lá 100 chefes de Estado ou de Governo, além de assessores, cientistas, técnicos, jornalistas, observadores. Cerca de 50 mil militantes da causa verde são esperados. Cenário condigno à discussão e tomada de decisões sobre um tema vital para a humanidade, como o do desenvolvimento sem agressões mortais à natureza. A dificuldade, na hora das decisões e assinatura de compromissos, como já se comprovou no caso da Rio-92, é a resistência dos países do clube dos ricos, os mais industrializados e os que mais agridem o meio ambiente, em cumprir metas de despoluição e de diminuição de ações agravantes do desequilíbrio ecológico.
Os poucos compromissos arrancados no Rio, em Kyoto e em outras conferências sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável, ou não se tornam realidade, ou simplesmente nem são assinados por potências como os Estados Unidos. Países como o Brasil são mais sensíveis a essas questões. Nem por isso tiram do papel, com a rapidez necessária, os compromissos assumidos. Nesse ponto, Pernambuco acaba de dar um exemplo aos demais Estados, ao adotar pioneiramente a Agenda 21 da Rio-92; oficialmente, pois, mesmo antes, iniciativas nesse sentido vinham sendo tomadas por escolas e outras entidades recifenses.
Na atual conferëncia, mais uma vez, será tentada a costura de acordos para a abordagem de problemas como mudanças climáticas, efeito estufa, desmatamento desenfreado (como ocorre no Brasil e em outros países tropicais), poluição do ar e das águas, redução das gritantes disparidades entre países ricos e pobres, e entre regiões e populações do mesmo país. Apesar das expectativas de alguns políticos e cientistas, e do entusiasmo da militância verde, observadores mais frios temem novo fracasso, ou avanços pífios. É o que ocorreu com a conferência da ONU contra a discriminação racial, que malogrou com a retirada dos EUA e de Israel. Numa cegueira que não condiz com seu grau de desenvolvimento econômico e cultural, os EUA não aceitam (ou não cumprem) metas de limitação de gases poluentes, que até outros países ricos, como os europeus, acatam. Mas esses países, que formam a União Européia, não querem ouvir falar em regras para o pagamento de direitos pela exploração de produtos extraídos de florestas tropicais, nem aceitam reduzir barreiras protecionistas contra exportações de países em desenvolvimento, sobretudo agrícolas.
Pode ser que os governos europeus pressionem mais, agora, o Governo norte-americano para que mude de idéia sobre seu veto a medidas que poderiam controlar mudanças climáticas, depois das enchentes que estão assolando a Europa em pleno verão (época de muito sol e calor ali). De todo modo, o foco das preocupações mundiais foi desviado do meio ambiente para a deterioração da economia; sobretudo nos países que engoliram o receituário anacrônico do FMI, acreditando que isso lhes daria um título de sócio do clube dos ricos. Os que gritavam pela saúde da Terra agora gritam por empregos.
Escassez de água, mudanças climáticas, desmatamento, extinção de espécies da fauna, e até mesmo desequilíbrio econômico, temas de discussão e acordos na Rio-92, continuam retidos no congestionamento da crise mundial, e do isolacionismo e individualismo dos paíes ricos. O presidente dos EUA não vai a Johannesburgo, manda um representante; claro sinal de que não está interessado nessas questões.
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08/26/2002
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