Ciro repete crítica e Serra recorre ao TSE









Ciro repete crítica e Serra recorre ao TSE
Candidato havia sido proibido de usar a expressão golpe baixo antes do programa do candidato tucano

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo direito de resposta no programa do presidenciável Ciro Gomes (PPS).

Serra alega que foi veiculado novamente o trecho proibido pelo TSE em que o locutor do programa de Ciro diz "os golpes baixos acabam aqui", logo depois do programa tucano.

Na terça-feira, o trecho havia sido suspenso por meio de liminar concedida pelo ministro José Gerardo Grossi. A frase foi veiculada na abertura do programa de ontem do candidato do PPS, que entrar no ar logo após o de Serra. Na liminar, Grossi entendeu que são injuriosas as cenas de vídeo mostradas no programa eleitoral. A frase está sendo utilizada desde o último sábado – o bloco eleitoral de Ciro vem sempre em seguida ao do tucano.

A defesa do tucano pede ao TSE o tempo mínimo de um minuto para o direito de resposta e a citação de Ciro para apresentar defesa no prazo de 24 horas.

Também na segunda-feira, o TSE condenou Serra à perda do dobro do tempo usado no programa para veicular a declaração na qual Ciro chama de "burro" um ouvinte de uma rádio da Bahia. A decisão foi do ministro Caputo Bastos, atendendo a pedido da coligação de Ciro. O ministro negou, porém, ao candidato do PPS o direito de resposta na propaganda eleitoral tucana. Serra deve perder 2 minutos do horário eleitoral e cerca de 30 inserções.

Os dois candidatos estão duelando na propaganda eleitoral desde o início do horário gratuito. Os comandos da duas campanhas não indicam a intenção de reduzir a intensidade dos ataques mútuos até as eleições.

Batalha do Acre é aqui
A batalha no Acre pela impugnação da candidatura do governador Jorge Viana (PT), transferiu-se para Brasilia. Ontem, tanto Viana quanto o seu adversário Flaviano Mello (PMDB) fizeram visitas ao Tribunal Superior Eleitoral que poderá decidir a questão.

Mello, integrante da coligação que obteve do Tribunal Regional Eleitoral do Acre a impugnação da candidatura à reeleição, disse que sua iniciativa nada tem a ver com o crime organizado, como os aliados de Viana insistem em acusar. Mello assegurou que o pedido de impugnação do registro de Viana teve como "motivo exclusivo" o uso da máquina pública e o abuso de poder econômico.

Ele mostrou, como prova, objetos distribuídos pelo governo estadual, como cadernos escolares e camisinhas, identificados com o desenho de uma castanheira, que vem a ser o símbolo da administração de Viana.

Viana pediu ontem ao vice-presidente do TSE, ministro Sepúlveda Pertence, a uma maior atenção em relação ao julgamento da Justiça Eleitoral do estado ao recurso que impetrou contra a impugnação. Segundo ele, não está descartada a possibilidade de o TSE enviar um observador para acompanhar os julgamentos. Ele solicitou também rapidez no julgamento do recurso contra a decisão do TRE.


PT afasta Heloísa das campanhas
A coordenação da campanha do PT em Alagoas afastou a senadora Heloísa Helena das campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República e do candidato do partido ao governo do estado, Judson Cabral.

Heloísa Helena, do grupo xiíta do PT e considerada a principal estrela do partido em Alagoas, começou a perder espaço depois de criticar a aliança PT-PL e renunciar à sua candidatura ao governo do estado.
Mesmo com a decisão de não disputar o governo de Alagoas, a senadora continuou criticando o PT e manteve a posição contrária à aliança com o PL, que, em Alagoas, é comandado pelo deputado federal João Caldas, um dos integrantes da bancada do empresários do setor sucro-alcooleiro.

Com a decisão dos coordenadores da campanha do PT em Alagoas, Heloísa Helena, que ainda tem quatro anos de mandato no Senado, fica de fora do horário eleitoral, do qual participaria para puxar votos para Lula e Judson Cabral.


Serra cresce e empata com Ciro
Pesquisa do Ibope, a primeira após início do horário eleitoral na TV, aponta Lula em primeiro, com 35%

O candidato do PSDB, José Serra, na primeira pesquisa do Ibope após o início do horário eleitoral, subiu seis pontos percentuais e está em empate técnico com o candidato do PPS, Ciro Gomes, que caiu cinco pontos. Na pesquisa divulgada ontem pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, Ciro cai de 26%, do último levantamento, realizado entre 17 e 19 de agosto, para 21%. Serra pula de 11% para 17%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve 35% e Anthony Garotinho (PSB) passou de 10% para 11%. Na simulação do segundo turno, Lula venceria Ciro por 47% contra 41%.

A mais recente pesquisa Ibope confirma o crescimento da intenção de voto em Serra e a queda de Ciro, situação revelada também pela pesquisa do Instituto Vox Populi, divulgada também ontem. O Ibope entrevistou 2.000 pessoas em 145 cidades entre os dias 24 e 26 de agosto.

Lula comemorou ontem os "bons indicadores" que o colocam na liderança das pesquisas de intenções de voto. "Obviamente não ganhei nada ainda, mas os indicadores são bons. Não tenho o que reclamar", afirmou o petista, em Brasília. Mesmo repetindo que não comentaria o resultado das pesquisas e que não faria "nenhum jogo rasteiro na campanha", o candidato ironizou a atitude de seu adversário Ciro Gomes ao tentar evitar que suas declarações sejam reproduzidas no horário eleitoral gratuito. "Se eu disse, está dito. O Ciro não pode esconder que disse que só tinha estudado em escola pública", alfinetou.

Campanha vai mudar
O resultado da pesquisa do Ibope, mostrando queda de Ciro Gomes e crescimento de José Serra vai mudar a estratégia do PPS e serviu de ânimo para os tucanos.

Os estrategistas da candidatura de Ciro decidiram mudar o tom da campanha e vão partir para ataques contundentes contra Serra, além de bater politicamente no candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. A estratégia é tentar "colar" a imagem de Serra ao governo Fernando Henrique Cardoso e apontar suas incoerências. Ao mesmo tempo, pretendem deixar claro que o discurso de Lula é inconsistente.

Os ataques a Serra e a Lula não serão, no entanto, feitos no programa eleitoral gratuito de rádio e televisão. Por enquanto, esse espaço será utilizado para que Ciro continue apresentando suas propostas de governo.

O coordenador político tucano, deputado Pimenta da Veiga, acha que o resultado das sondagens vai animar a militância e dar mais confiança ao eleitor e aos agentes políticos. Para ele, muitos que ameaçavam desembarcar da candidatura de Serra devem agora estar revendo seus planos. O deputado não conseguia conter o entusiasmo ao encontrar ontem com parlamentares no cafezinho da Câmara. O crescimento teria chegado no momento certo. "Agora é que o eleitorado começa a se preparar para votar", ressaltou Pimenta.


Sarney apóia Lula e promete trazer PMDB
O senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) anunciou ontem, oficialmente, seu apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República. "Ao contrário do que dizem por aí, Lula é fator de estabilidade, e não de instabilidade. Tem experiência de negociador, conhece o movimento sindical e a sociedade civil. Com certeza vai aliviar a questão no campo", disse Sarney, depois de encontro de cerca de 40 minutos com o candidato, em sua residência, em Brasília, no Lago Sul. Ele previu que Lula vencerá a eleição. Sarney espera ainda levar o apoio de outros peemedebistas ao candidato do PT.

Na conversa que teve com Lula, o senador colocou-se à disposição de um eventual governo petista para ser negociador da transição, em qualquer setor em que tenha bom trânsito. Portanto, se vencer a eleição, Lula terá em Sarney um emissário junto às Forças Armadas, a industriais arredios ao PT e nas negociações com o próprio Congresso. O ex-presidente deverá colaborar também no plano de política externa, no seu governo mais voltado para países em desenvolvimento e à África do que aos Estados Unidos.

A adesão de Sarney a uma candidatura de oposição era esperada desde que sua filha, Roseana Sarney, desistiu de ser candidata à Presidência pelo PFL. Ela acusou o grupo candidato do PSDB, José Serra, pela divulgação de denúncias e espionagem à sua candidatura. A família Sarney, com ramificações no PMDB e no PFL, havia dito que não subiria no palanque do tucano.

Após o encontro com Sarney, em Brasília, Lula disse que o apoio do ex-presidente é muito importante. "É sempre gratificante perceber que as rejeições estão caindo e os preconceitos estão sendo derrubados", disse o petista, em encontro, mais tarde, com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

"Não tem nenhum problema o PT ter feito oposição ao ex-presidente. Democracia é a convivência entre posições diferentes", completou.

Segundo o candidato, voto ideológico ele tem do seu partido. E nas eleições, busca apoio de todos os setores que o quiserem apoiar.

"Vocês vão ter surpresa ainda. Muita gente ainda vai me apoiar", disse Lula aos repórteres. Conforme o presidenciável, ele e Sarney não conversaram sobre alianças para a eventualidade de sua vitória nas eleições. Apenas trataram de um compromisso de campanha. Apesar disso, o petista disse que parte do PMDB tem propensão a apoiá-lo. A expectativa foi endossada por Sarney.


Ciro sobe a serra e responde adversário
O candidato da Frente Trabalhista (PPS, PDT e PTB) à Presidência da República, Ciro Gomes, não resistiu às provocações de seu adversário José Serra e ontem decidiu responder "ao candidato do governo" que, segundo ele, tem utilizado o horário gratuito, que na verdade é pago pelo contribuinte, "para me agredir".

Ciro foi logo dizendo que não está na disputa pela Presidência para "vender a alma ou vestir máscara". Ele se considera indignado com as acusações que, para o candidato, são produto de montagens para enganar o eleitor.

José Serra iniciou o horário eleitoral com a proposta de investir pesado na agricultura. "O governo será fiador da produção agrícola", disse o candidato do PSDB e PMDB, ao garantir que terminará a construção da ferrovia do Nordeste, uma importante via de escoamento da produção agrícola, enquanto empresários rurais cobravam do candidato um compromisso franco e leal com o agricultor.

O compromisso de Garotinho é com a geração de empregos. E ele mostrou que tem muito candidato prometendo empregos, mas só ele sabe como se faz. Garotinho disse que enquanto governador do Rio conseguiu criar mais de 180 mil novos empregos ao estimular a implantação de novas indústrias no estado, como a Cintra, a Vesper e a Intelig.

Para Zé Maria, candidato do PSTU, o compromisso dos demais candidatos é de entregar a América Latina para os Estados Unidos.

Segurança Pública foi o tema de ontem do candidato do PT-PL, Luis Inácio Lula da Silva. Ele acha que a semente da criminalidade está na impunidade, no despreparo da força pública, na corrupção e, mais grave, no descaso das autoridades.Lula garante que vai botar para fora da polícia todos os maus policiais e criar a Agência Nacional de Segurança Pública, ANSP, vinculada diretamente à Presidência, para combater a violência no País.


Sai verba para cobrir energia de quem tem renda menor
O governo poderá usar os recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), destinada a incentivar fontes alternativas de energia e universalizar os serviços, para cobrir a perda de receita sofrida pelas distribuidoras de energia com a mudança no critério do consumidor de baixa renda. A decisão está em medida provisória, publicada ontem.

Essa conta é formada por recursos provenientes do pagamento de concessões, das multas aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das cotas anuais pagas por todos os agentes que vendem energia ao consumidor final.

O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, ressaltou que, além da CDE, o governo poderá usar também recursos do fundo de dividendos das geradoras federais para cobrir a perda de receita das distribuidoras. "Se a energia chegar ao cliente e ele não puder pagar, não universalizou o serviço", disse Gomide.

Segundo cálculos do Ministério de Minas e Energia, serão necessários R$ 40 milhões por mês para cobrir perdas. A mudança no critério de baixa renda aumentou de 4 milhões para 14 milhões os consumidores considerados nessa faixa, que pagam uma tarifa mais barata e estão isentos de tarifas extras.


Artigos

Gato por lebre nas urnas
Lauro Aires

As eleições proporcionais – que definem deputados federais e estaduais, vereadores e, no caso de Brasília, deputados distritais – trazem embutida uma armadilha para os eleitores. Vota-se nas sardinhas para se eleger os tubarões.

O sistema de legendas contabiliza os votos totais para cada partido ou coligação, calcula o número de eleitos para cada chapa e os cargos são ocupados pelos mais votados. O problema é que como nosso sistema político ainda não conseguiu cristalizar a fidelidade partidária, os eleitores preferem votar mais em pessoas do que em partidos. Mas ao pingarem nas urnas, os votos contam mais para partidos do que para pessoas. Corre-se o risco de escolher um deputado distrital com quem se tem afinidade e acabar elegendo seu companheiro de chapa, com idéias diametralmente opostas.

É ruim para os eleitores e pior ainda para os candidatos. Se um partido ou coligação tem três concorrentes fortes, mas coeficiente de legenda para eleger apenas dois deputados, cria-se um clima péssimo entre os "parceiros". Torna-se mais vantajoso tirar o voto do companheiro do que dos outros adversários. E tome confusão na cabeça do eleitor.

O sistema de legendas surgiu para estimular o voto em idéias, partidos e programas, mas o Brasil ainda não está evoluído a esse ponto. Até que a fidelidade partidária se consolide, e os parlamentares eleitos (em qualquer esfera) tenham de prestar contas a seu partido (o que não parece constar dos planos da classe política), melhor seria adotar um sistema de listas fechadas ou acabar com as legendas.

No primeiro caso, os partidos enviam uma lista dos candidatos em ordem de entrada. Se o partido conseguir eleger seis deputados, entram os seis primeiros da lista e assim por diante. Pelo segundo sistema, entraria quem tivesse mais votos, sem contar os votos para os colegas de chapa.

Um eleitor de José Antônio Reguffe pode acabar elegendo Alírio Neto; quem escolher Maria da Guia pode ajudar Pedro Passos. Um eleitor de Joel Câmara certamente levará Wigberto Tartuce à Câmara Legislativa, e por aí vai. O mesmo ocorre na eleição para deputado federal. Quem votar no petista Sigmaringa Seixas pode estar renovando o mandato de Pedro Celso. É preciso que o eleitor esteja atento a quem são os mais cotados em cada coligação, sob o risco de, no dia das eleições, comprar gato por lebre.

Para o Senado, há outra armadilha. A maioria dos eleitores tem um candidato preferido, mas conta ainda com um segundo voto. Ocorre que o segundo voto pode acabar tirando o preferido da briga. O mais eficiente para eleger seu candidato ideal pode ser votar em apenas um candidato e anular o outro voto – ou mesmo escolher uma galinha morta apenas como forma de protesto.


Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Suspeita de cartel da navegação
Para forçar aumento nos preços, empresas de navegação diminuíram desde outubro a freqüência e a quantidade de navios que transportam 95% das exportações brasileiras. Os exportadores não conseguem embarcar suas cargas e já começam a perder contratos importantes. No Ministério do Desenvolvimento Industrial prospera a suspeita de formação de um cartel liderado pelo alemão Julian Thomas, da Hamburg-Süd, e pelas empresas Crowley, Columbus e Aliança, Maersk-Sea Land, Libra, CSAV,P&O Nedlloyd, Lykes, APL, Evergreen e Safmarina. Todas estrangeiras.

Todo ouvidos
Quem telefona para 441-8443, no comitê central de Ciro Gomes, em Brasília, corre o risco de conversar com duas, três pessoas ao mesmo tempo. Segundo quem entende, é o caos provocado pela maior concentração de grampos telefônicos do Planalto Central.

Auto-estima
A população do Rio ficou animada com a escolha da cidade como sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007. O carioca agora se prepara para curtir outras modalidades de esporte, além do tiro-ao-alvo.

Patrulha baiana
O deputado Edmon Lucas denuncia que os jornalistas do Correio da Bahia, de propriedade de ACM, estão sendo coagidos a circular em seus carros com adesivos do babalaô e do neto. A propaganda é colada na marra pelos seguranças da empresa, segundo o parlamentar, que anotam as placas dos carros para saber quem ousará retirar o engajamento eleitoral compulsório.

Diplomata no canil
Até dezembro, 20 embaixadores e ministros de segunda classe retornarão ao Brasil, ao completarem dez anos de chefia no exterior. A aposentadoria branca, instituída pelo Itamaraty para diplomatas com mais de 65 anos, obrigará a maioria a ficar em casa. Ou como dizia o ex-chanceler Azeredo da Silveira (o Silveirinha), diplomata sem função, no Brasil, entra no canil.

Pensando bem...
...Serra subiu cinco pontos? Não é brinquedo, não!

Merenda atrasada
Professor da UFRJ e da Universidade Vanderbilt (USA), Darcy Roberto de Lima espera há cinco anos uma chance no Congresso para defender o projeto tornando obrigatório o café com leite nas escolas públicas. Expert em plantas medicinais, critica a luta pela liberação da maconha, enquanto o café na merenda beneficiaria a saúde, a agricultura e as exportações.

Nostradamus
O chefe d pesquisas do BCP Securities, Walter Molano, garante que o Brasil entrará em moratória em abril de 2003, qualquer que seja o presidente eleito. Ele não detalhou se será em primeiro de abril. Vamos aguardar. Ou se trata mesmo de moratória ou de amor à oratória.

Política nas veias
O senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) está com dificuldades de conter seu pai, o governador do Tocantins, Siqueira Campos. Em fase de recuperação de uma cirurgia da próstata, ele deve retomar suas atividades normais em uma semana, mas quer porque quer subir o quanto antes no palanque do seu candidato, Marcelo Miranda.

Pura intriga
Não é verdade que a Justiça Eleitoral do Acre esteja a favor do Serra. Ela gosta mesmo é do moto-Serra.

Batom na cueca
Na Internet, o endereço www.aecio45.com.br não remete ao comitê do candidato tucano ao governo de Minas, Aécio Neves, mas ao portal “Uai”, do jornal Estado de Minas e TV Alterosa, dos Diários Associados.

Menos um
Funcionários do BNDES em Belém revoltaram-se contra o fechamento da única agência de desenvolvimento do Pará e de toda a região Norte. Deve ser para sobrar caixa a grandes empresários à beira da falência em outros estados, como os do Sudeste, suspeitam os paraenses.

Mal paulista
Os suíços estão às voltas com um raríssimo surto de anaplasmose em suas queridas e famosas vacas. O brasileiro Márcio Folly, chefe de Veterinária do laboratório agroalimentar de Fribourg, explicou à Radio Suisse que no Brasil os animais já desenvolveram imunidade, e desconhece como a doença chegou à Suíça. Revistaram a bagagem do Maluf, professor?

O que Ceará, será
A médium Adelaide Scrittori diz que Ciro Gomes guarda com carinho a carta que lhe enviou em 5 de dezembro de 1994, quando partia para os EUA. Dizia que ele “em breve voltará para uma missão mais importante, quando assumirá o poder junto com o fenômeno El Niño, mas para que a profecia se cumpra, precisa pensar antes de falar”. Está difícil.
Cadeia

Piadinha anima as mesas do poder, em Brasília: Maluf não foi ao debate na TV, em São Paulo, porque lhe teriam dito que seria em “cadeia nacional”.

Queixa ao bispo
Legalmente o consumidor não pode ter nome sujo na praça sem aviso prévio. Mas espertamente o Serasa envia pelo correio o aviso com prazo de dez dias para quitação da dívida, valendo a data da emissão. Se a correspondência for postada sem pressa ou o correio atrasar, o consumidor dança. E os leitores perguntam: a quem reclamar?

Poder sem pudor

Filé-mignon para vira-latas
Político, no interior, às vezes vira juiz de paz, delegado e até conselheiro matrimonial. Certa vez, o deputado Péricles Rolim, da região de Sorocaba (SP), precisou levar um papo sério com um compadre que se enrolou com uma loura e estava prestes a largar a mulher e o filho, seu afilhado.
- Tá fazendo besteira, compadre...
- Ah, deputado, o senhor já viu vira-lata com filé-mignon na boca? É isso que tá acontecendo comigo...


Editorial

ATENÇÃO AOS PEQUENOS

Uma crítica que os brasileiros não podem aceitar é a de falta de espírito empreendedor. Não é raro encontrar casos de pessoas que entraram em programas de demissão voluntária ou simplesmente juntaram a economia de uma vida inteira para tentar a independência financeira conduzindo um negócio próprio.

Mas infelizmente, a grande maioria desses empresários de primeira viagem naufraga no primeiro ano de luta. De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de cada dez empresas instaladas, seis são fechadas, configurando um índice elevado de insucessos. E o pior é que a maioria desses fracassos de empreendimentos está no setor de micros e pequenas empresas, exatamente as que mais empregam.

São duas as medidas mais urgentes para atenuar os problemas dos empresários novatos. Primeiro, são necessários programas intensivos de treinamento. Geralmente, as pequenas empresas são no setor de alimentação, que é altamente competitivo e com margem de lucro reduzida. Sem orientação, os prejuízos são inevitáveis.

Na outra ponta, é preciso de linhas de financiamento menos rigorosas, com juros mais baixos. Com o tempo, os empresários vão aprendendo a tocar os negócios, mas neste momento o dinheiro acaba. Recursos mais baratos dariam um fôlego extra e garantiriam uma economia saudável, com mais empresas e mais empregos.


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08/28/2002


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