Comércio entre Brasil e Líbia deve aumentar, diz Suassuna



O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, disse que o comércio entre o Brasil e a Líbia pode aumentar de US$ 30 milhões por ano para níveis superiores aos antigos US$ 2 bilhões, desde que a diplomacia e a burocracia brasileiras "vençam o bloqueio psicológico que têm em relação ao país". Suassuna esteve na Líbia e promoveu uma conversa telefônica de 20 minutos entre o líder líbio Muamar Kadhafi e o presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo Suassuna, a diplomacia brasileira ainda trata a Líbia como um Estado terrorista, o que causa grandes prejuízos às relações comerciais do Brasil. "Eles querem criar gado e plantar soja no Brasil para exportar, querem comprar alimentos e produtos industrializados no nosso país e vender petróleo a preços muito convenientes", disse o senador. Ney Suassuna quer também aumentar o comércio brasileiro com o Irã.

Para Suassuna, se o Brasil ceder às pressões dos Estados Unidos para antecipar a implantação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), o setor produtivo não resistirá à concorrência. "Temos que nos aprimorar muito, em termos de preços e qualidade, ou seremos massacrados", avalia.

01/02/2001

Agência Senado


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