Comissão do painel entrega conclusões dia 11 de abril



A comissão do Senado que investiga a vulnerabilidade do sistema devotações secretas do plenário apresentará suas conclusões dia 11 de abril, informouseu presidente, Dirceu Teixeira de Matos. A comissão terá o respaldo do laudo preparadopelos técnicos da Universidade de Campinas (Unicamp) e poderá apontar os nomes dosresponsáveis pela fragilidade do sistema de votações.

Os peritos da Unicamp concluíram que o sistema é vulnerável, mas nãotiveram provas de que tenha sido retirada dos computadores do painel alguma lista com osvotos dados na sessão secreta que cassou o ex-senador Luiz Estevão, em junho do anopassado. As conclusões da comissão de investigação serão entregues ao presidente doSenado, Jader Barbalho, ao primeiro-secretário, senador Carlos Wilson (PPS-PE), aopresidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), e aocorregedor do Senado, senador Romeu Tuma (PFL-SP).

Caso a comissão aponte responsáveis pela vulnerabilidade do painel,caberá ao primeiro-secretário abrir processo administrativo para possíveis punições.Já o presidente do Senado, se concordar com as sugestões da comissão para reduzir asfragilidades do sistema de votações, deverá determinar as mudanças necessárias. Osperitos da Unicamp encontraram 18 falhas no sistema eletrônico de votações secretas.

Principais falhas do sistema, segundo a Unicamp

  • O sistema possui unidades para disquetes, o que permitiria a gravação de arquivos de votações.

  • Pode-se gravar uma lista com os votos dos senadores durante o processo de votação secreta.

  • As senhas usadas pelos 81 senadores para dar o voto no painel ficam armazenadas no sistema, o que permitiria sua obtenção.

  • As informações das sessões secretas não são criptografadas (codificadas), tendo assim formato recuperável.

  • As senhas de acesso ao sistema de computadores ligados ao painel são óbvias, permitindo que sejam identificadas mediante exercícios simples.

  • O voto de um senador pode ser alterado durante a votação, desde que alguém conheça a senha do senador.

  • Os cabos que interligam os computadores de votação estão desprotegidos. Isso permite que se instale um "grampo" na rede, para conhecer informações ou até mesmo alterá-las.



30/03/2001

Agência Senado


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