Contribuição das empresas e imposto único preocupam Paulo Octávio
O deslocamento da taxação previdenciária das empresas da folha de pagamento para o faturamento, além do impacto da possível adoção do imposto único sobre a previdência, foram algumas das questões ligadas ao setor levantadas pelo senador Paulo Octávio (PFL-DF) no debate com o ministro Ricardo Berzoini. O parlamentar pefelista também quis saber se há estudos para reajuste dos servidores públicos.
Enquanto o governo analisa alternativas de financiamento do sistema previdenciário pelas empresas, Berzoini diz que mais que onerar ou desonerar alguns segmentos, é desejável discutir a repartição do peso contributivo com outros fatores econômicos, como faturamento ou lucro líquido. -Esperamos alcançar uma opção consistente dentro de 30 a 60 dias-, afirmou, dizendo que essa proposta deve ser inserida na reforma tributária.
Berzoini admitiu nutrir simpatia pela idéia de simplificação tributária, inserida na proposta de emenda à Constituição que dispõe sobre o imposto único, mas disse não ter elementos suficientes para se posicionar favoravelmente à medida. Em relação ao funcionalismo, informou que nem todas as categorias estão há oito anos sem aumento salarial. -Quem teve maior poder de pressão conseguiu a reestruturação da carreira-, assinalou.
20/03/2003
Agência Senado
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