COUTINHO JORGE DIZ-SE ESPERANÇOSO COM ATUAÇÃO REGIONAL DO BNDES



O senador Coutinho Jorge (PSDB-PA) afirmou hoje (dia 23) que a nova diretoria criada no âmbito do BNDES, sob responsabilidade de Paulo Hartung, representa uma "esperança renovada" de que programas e projetos pequenos, de feição regional, serão assumidos pelo banco.

Ele disse que chegou a essa conclusão após ter participado de reunião, ontem (dia 22), com o presidente do BNDES, Luís Carlos Mendonça de Barros, e com Paulo Hartung, oportunidade em que foram discutidos o destino do espólio do fundo social da Vale do Rio Doce e as possíveis soluções para a retomada das atividades da fábrica de celulose do Projeto Jari, paralisadas por um incêndio.

O fundo social, criado juntamente com a Vale, em 1942, era formado por 8% do lucro líquido alcançado pela empresa e funcionava, para os municípios, como fonte compensatória de recursos aos impactos ambientais e sociais provocados pelos projetos da Vale, explicou Coutinho Jorge. Com a privatização da empresa, restou um saldo de R$ 85,9 milhões que, conforme protocolo de intenções firmado com o governo em abril, seria gerido pelo BNDES e destinado aos municípios dos oito estados brasileiros em que a Vale atua, acrescentou.

O senador disse que o BNDES adotará critérios completamente diferentes dos utilizados em outros financiamentos do banco, "subsidiados, de maneira a concretizar os princípios fixados no protocolo de abril". Em relação ao Projeto Jari, Coutinho Jorge afirmou que o presidente do BNDES assumiu o compromisso de discutir uma solução com o governo paraense.

Em aparte, o senador João Rocha (PFL-TO) defendeu que o BNDES "também se volte para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país". A seu ver, o banco teria papel estratégico numa política macroeconômica de desenvolvimento que revertesse o "perfil rodoviário" do país em prol de projetos hidroviários e ferroviários.

23/07/1997

Agência Senado


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