CPI APRESENTA NOVOS AGRAVOS, MAS MUDA DE ESTRATÉGIA
O presidente em exercício da CPI do Sistema Financeiro, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), apresentará nesta terça-feira (dia 29) no Supremo Tribunal Federal novos agravos regimentais para que os ministros da corte que concederam liminares a favor de investigados pela CPI cassem as liminares ou levem o assunto ao plenário do STF.Desta vez, no entanto, a CPI mudará sua estratégia e, ao invés de se limitar a contestar os argumentos contidos nos mandados de segurança, irá justificar porque pediu a quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos dos investigados. Ao comunicar o assunto à CPI, Arruda observou que, "dos entendimentos feitos nos últimos dias", ele tirou a conclusão de que a simples contestação das liminares não surtiria efeito. Arruda acrescentou que, se os ministros do Supremo não analisarem os agravos até quarta-feira (dia 30), "todo o mês de julho estará perdido pela CPI", pois o STF entrará em recesso, só voltando a funcionar em agosto. Caso as liminares sejam alteradas, as equipes técnicas da comissão de inquérito trabalharão durante todo o mês de julho, quando o Congresso também entrará em recesso, inclusive as CPIs.Já o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse acreditar que a CPI cometeu equívoco ao aprovar a quebra de sigilos sem as necessárias justificativas. "Nós tomávamos as decisões em reuniões fechadas e nos requerimentos não colocávamos nada daquilo que tínhamos de indícios e até provas", afirmou.
28/06/1999
Agência Senado
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