CPI das ONGs pretende propor leis para regular organizações
Ao fazer um balanço das atividades da comissão, Mozarildo mencionou que, entre as várias denúncias de irregularidades apuradas pela CPI, destacaram-se no primeiro semestre as relativas à ONG Associação Amazônia, que teria adquirido da população ribeirinha, de forma irregular, mais de 172 mil hectares de terra em Roraima, e lá está desenvolvendo, segundo o senador, ações contra os interesses do estado e incompatíveis com a finalidade da entidade.
Outra questão analisada pela CPI, em audiência pública, foi a apreensão de 7.289 toneladas do minério tantalita, que teriam sido extraídas ilegalmente pela ONG Cooperíndio de terras indígenas no Amazonas, conforme depoimento do delegado Nivaldo Farias de Almeida, chefe da superintendência regional da Polícia Federal (PF) na Amazônia. A tantalita, informou o delegado, é um minério de alto valor no mercado internacional, utilizado em equipamentos eletroeletrônicos, em naves espaciais e até em material bélico, mas seria vendida a preço bem abaixo de sua cotação à empresa Companhia Industrial Fluminense de São João Del Rey, em Minas Gerais.
A CPI das ONGs, instalada no dia 27 de março último, tem como vice-presidente o senador Leomar Quintanilha (PFL-TO). A senadora Marluce Pinto (PMDB-RR) é a relatora.
20/12/2001
Agência Senado
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