CRE DEBATE NEONAZISMO E RESTRIÇÃO DO USO DE ARMAS DE FOGO
O projeto que restringe o uso de armas de fogo estará em pauta na reunião desta terça-feira (dia 22), a partir das 17h30, da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). A comissão vai deliberar sobre o substitutivo do senador Pedro Piva (PSDB-SP), que proíbe o porte mas permite a posse de armamentos. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) também está examinando a questão, na forma do substitutivo do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que determina a proibição do porte, da posse e do comércio das armas de fogo. Na CRE, presidida pelo senador José Sarney (PMDB-AP), os senadores vão examinar requerimento do senador Pedro Simon (PMDB-RS) solicitando a realização de audiência pública para discussão sobre o crescimento da extrema direita no mundo. Em sua proposta, Simon diz estar preocupado com a ascensão, na Áustria, de Joerg Haiden, que se declara admirador de Hitler, e com a ação de grupos neonazistas no Brasil, que discriminam negros, judeus, homossexuais e nordestinos.Os membros da comissão também devem apreciar a mensagem presidencial que indica Ariel Rocha de Cunto para ser o primeiro diretor-geral da recém-criada Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em reunião secreta, os senadores vão sabatinar o indicado, instruídos por parecer do senador Romeu Tuma (PFL-SP). A Abin pretende ser o novo serviço secreto brasileiro, com 1.400 funcionários e orçamento de R$ 14 milhões. Da pauta da CRE constam ainda três projetos de decreto legislativo, já aprovados pela Câmara dos Deputados, que dão o aval do Legislativo para acordos internacionais. Dois deles, relatados pelos senadores José Jorge (PFL-PE) e Bernardo Cabral (PFL-AM) referem-se ao apoio brasileiro à missão de observadores militares na região em que houve conflito entre o Equador e o Peru.
21/02/2000
Agência Senado
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