Cristovam Buarque garante que governo não vai privatizar universidades públicas
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem nenhuma intenção de privatizar as universidades públicas, assegurou nesta terça-feira (9) o ministro da Educação, Cristovam Buarque, em teleconferência realizada no auditório do Interlegis. Ao contrário, disse ele, a idéia é a de tornar cada vez mais público o ensino superior, inclusive com a previsão de financiamento de alunos de faculdades privadas em carreiras com carência na educação - caso, como citou, de professores de ensino médio de Física e Matemática. O evento faz parte do ciclo de conferências organizado pela Universidade do Legislativo (Unilegis), que interligou participantes de 27 assembléias legislativas.
Cristovam anunciou o lançamento de programa de apoio ao estudante universitário, que vai conceder 30 mil bolsas de estudo, sem que os estudantes tenham que devolver os valores ao final do curso. A única exigência será que eles atuem como alfabetizadores de adultos durante o curso. Até 2006, antecipou, 200 mil bolsistas deverão ser atendidos, desde que estudem áreas de carência para o país.
A medida, segundo o ministro, irá ajudar o país a enfrentar aquele que foi definido por ele como o maior desafio de sua área e desse governo: fazer do Brasil um país educado, colocando a educação como tema central dos debates e das ações públicas. Entre as metas citadas pelo ministro estão: acabar com o analfabetismo de adultos em quatro anos, estimular a aliança escola/família e mídia, colocar todas as crianças na escola (nos últimos levantamentos apenas duas cidades, de um total de 83 cidades pesquisadas, apresentavam esta condição) e elevar os recursos para o setor educacional.
Ele também apontou o ensino à distância, entre as modernas tecnologias educacionais, como um dos instrumentos capazes de promover a educação dos 170 milhões de brasileiros. Cristovam disse que também deverá ser obrigatório o ensino do espanhol, no ensino médio no Brasil. No futuro, o ministro acredita que será possível a implantação de um Sistema Único Latino-Americano.
09/12/2003
Agência Senado
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