Crivella denuncia situação caótica da saúde pública no Rio de Janeiro
O senador Marcelo Crivella (PL-RJ) denunciou nesta quarta-feira (24) a situação caótica em que se encontra a saúde pública no Rio de Janeiro. Ele afirmou que o setor, no Rio de Janeiro, "está na UTI", embora o estado receba R$ 110 milhões de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Crivella disse que "é preciso que esses recursos sejam muito mal administrados" para que o estado tenha hoje "uma legião de diabéticos mutilados". Ele ressaltou que embora 10% da população do estado sejam diabéticos, estes não têm tratamento na rede municipal, a não ser o de emergência, que consiste na amputação.
O senador relatou a situação de alguns hospitais, com base em informações recebidas do Sindicato dos Médicos, informando que no Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, uma médica plantonista teve que realizar um procedimento cirúrgico sem roupa esterilizada. No Hospital Antônio Pedro, em Niterói, que visitou, o senador disse ter encontrado elevadores fora de uso por falta de peças de reposição e enfermarias com infiltrações causadas por vazamentos da rede de esgoto.
Em aparte, o senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) defendeu uma política de saúde pública barata, simples e de atenção primária ao cidadão humilde, com o funcionamento de postos de saúde 24 horas por dia. A senadora Heloísa Helena (sem partido-AL) disse que é preciso disponibilizar também para a população pobre o atendimento de alta tecnologia. O senador Mão Santa (PMDB-PI) saudou a indignação de Crivella.
24/03/2004
Agência Senado
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