Cyro Miranda: Brasil é 'nau sem rumo' no planejamento da educação
O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) criticou nesta quarta-feira (13) a falta de planejamento do governo na área da educação. O senador lembrou que o Plano Nacional de Educação para o decênio 2000/2010 perdeu vigência há mais de dois anos e um novo texto ainda não foi aprovado. Para ele, o Brasil é uma “nau sem rumo em relação ao planejamento nacional da educação” e a culpa é principalmente do ex-presidente Lula, que enviou tardiamente o projeto ao Congresso.
- Não ter um Plano Nacional de Educação aprovado para o decênio 2010/2020 é uma afronta à Constituição, uma irresponsabilidade de um presidente que não se preocupou em enviá-lo ao Congresso em tempo hábil – criticou o senador, que é presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
Enviado ao Congresso em 2010, o PLC 103/2012 , que trata do plano, foi aprovado em outubro de 2012 pela Câmara. Atualmente, tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Em seguida, ainda terá de ser analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e pela CE. Cyro Miranda pediu celeridade na análise da matéria e afirmou que, no que depender dele, o exame pela CE será ágil.
Apesar de reconhecer o mérito do governo Lula no aumento do número de escolas técnicas, o senador afirmou que tanto ele quanto a presidente Dilma Rousseff estão longe de oferecer ao Brasil um modelo de educação à altura de governos que dizem priorizar o combate à pobreza e à exclusão social.
- Só há um caminho para vencer o círculo vicioso da pobreza: a educação. O que se vê no Brasil hoje é vergonhoso. Um quadro desempenho pífio nunca antes visto na história desse País muito semelhante a também pífio desempenho da economia.
O senador afirmou que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, "deve estar tendo aulas com o ministro da Fazenda, Guido Mantega e a equipe econômica sobre como manipular números”.
- Nunca antes na história deste país – que nos perdoe o ex-presidente Lula pela falta de originalidade – viu-se um esforço tão grande no sentido de distorcer a realidade do Brasil - concluiu.
13/03/2013
Agência Senado
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