Datafolha: Lula lidera e Roseana segue crescendo





Datafolha: Lula lidera e Roseana segue crescendo
O Petista manteve a liderança, dentro da faixa dos 30%, enquanto a governadora do Maranhão subiu quatro pontos

A pouco menos de um ano das eleições, no entanto, 59% dos eleitores responderam espontaneamente não saber em quem votar (51%) ou não ter candidato (8%).

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), cresceu quatro pontos percentuais nos últimos dois meses e assumiu a segunda colocação na corrida à sucessão presidencial, com 16%, segundo pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 19 e 21 de novembro. O petista Luiz Inácio Lula da Silva continua na liderança, com 3 1 % dos votos.

Além de assumir a vice-liderança na corrida presidencial para 2002, Roseana é a mais bem colocada entre os candidatos dos partidos que formam a base aliada PSDB, PMDB e PFL.

Aparecem em seguida na pesquisa Datafolha os pré-candidatos Ciro Gomes (PPS), com 12% (caiu dois pontos emrelação à pesquisa anterior), Itamar Franco(PMDB), com 10%, Anthony Garotinho (PSB), com 9%, e José Serra (PSDB), com 8%. Com os dois pontos da margem de erro da pesquisa, essa é urna situação de empate técnico entre eles.

EMPATE - Roseana chega a estar tecnicamente empatada com Lula em faixas do eleitorado mais bem remunerado do País. Entre os que declararam renda mensal de R$ 1.801,00 a R$ 3.600,00, a governadora recebeu 21%


Itamar vai disputar com Simon.
O governador Itamar Franco, de Minas Gerais, anunciou que vai mesmo disputar as prévias do PMDB, no dia 20 de janeiro, para indicar o candidato do partido à Presidência da República. Setores do partido apostavam que Itamar iria desistir, devido à redução do colégio eleitoral da prévia imposta pela Executiva Nacional

"Parte do PMDB, e não todo o PMDB, homens que infelizmente dirigem nosso partido, querem impedir que os vereadores participem das prévias. Nós vamos lutar pelos nossos vereadores. Nosso nome está mantido, vamos às prévias", disse Itamar, ontem, em Caxambu (MG).

Ele não se mostrou preocupado com uma eventual derrota: "Vamos concorrer, e essa história e perder é outra coisa". O governador mineiro deve concorrer com o senador gaúcho Pedro Simon, mas a cúpula do partido poderá lançar um nome na disputa, que seria Michel Temer, presidente nacional do PMDB.


Dirceu garante direito de Suplicy às previas.
O presidente nacional do O PT, deputado José Dirceu, garantiu que o senador paulista Eduardo Suplicy está inscrito na prévia que indicará o candidato do partido a presidente da República.

Descartou a idéia do secretário-geral da legenda, deputado Geraldo Magela, de exigir de Suplicy o cumprimento das novas regras do estatuto do PT para inscrição na disputa.
O que Magela pretende é fazer com que o senador desista da prévia, abrindo caminho para a aclamação da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, sem necessidade de disputa interna.

Suplicy disse que o cancelamento da sua inscrição seria um atentado à democracia. Ele já havia afirmado que o diretório nacional aprovara sua inscrição na prévia do partido.


FHC: “Lula nunca esteve tão limitado como agora”
Em entrevista a jornal do Peru, presidente disse que índices do petista estão baixando e que é muito cedo para Roseana

Embora o pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, se mantenha estável na liderança das pesquisas, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que ele "já está baixando". Segundo o presidente, em entrevista ao jornal peruano El Comercio, "nunca o ponto de partida de Lula foi tão limitado como é agora". De todo modo, afirmou: "Se Lula ganhar, ganhou. Há democracia. " O suposto desempenho fraco de Lula nas pesquisas, disse FHC, "não significa que ele não possa ganhar".

FHC afirmou ainda que é cedo para saber quem será o candidato da aliança governista ao Planalto, apesar da crescente preferência do eleitorado pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL). "Ela tem popularidade elevada, mas é cedo para saber quem será o candidato.

Isso se verá em março", afirmou FHC.
Sobre os baixos índices de aprovação do seu governo, o presidente afirmou que "a questão da popularidade é cíclica e, neste momento, está subindo outra vez". Disse que a principal herança do seu governo será a estabilidade democrática. "O principal legado é a democracia. já estou há sete anos como presidente e não houve nenhum problema institucional. Há liberdade plena e todos os movimentos sociais são respeitados".

Também falou da estabilidade econômica e, o que o presidente considera ainda mais importante, a criação “de uma rede de proteção social para os mais pobres”.


Hohlfeldt denuncia traição.
O vereador Antônio Hohlfeldt (PSDB) reagiu negativamente ao lançamento de uma primeira chapa ao novo diretório estadual do PSDB, em eleição a ser realizada no dia 15 de dezembro.

"Chapa fora de consenso é traição ao partido porque foge ao que foi fixado pelo congresso do PSDB. Se o deputado federal Nelson Marchezan está liderando a chapa que foge ao consenso, está também assumindo a responsabilidade por um racha no partido", critica.

Hohlfeldt salienta que a atitude de Marchezan pode, até mesmo, prejudicar o PSDB no próximo ano. "O lançamento de candidaturas nas proporcionais para a Assembléia Legislativa e à Câmara Federal sofrerá as conseqüências disso", enfatizou. O vereador disse que o PSDB, nos últimos anos, foi o partido que apresentou maior crescimento percentual no Estado. "Não se pode ceder a interesses menores", concluiu.


Collor nem começou a campanha. Já é favorito
Pesquisas eleitorais em Alagoas mostram o ex-presidente largando na frente contra os candidatos do PSB e do PT

Pesquisas de intenção de voto em Alagoas variam conforme o candidato que as encomenda. Ninguém gosta muito de falar sobre elas. Até porque, seja qual for o cliente ou o instituto, Fernando Collor ganharia a corrida pelo governo estadual se a eleição se realizasse agora. O governador Ronaldo Lessa(PSB) admite o fenômeno.

"Em dois levantamentos que vi, ele desponta com grande vantagem.O ex-presidente Fernando Collor, que teve os direitos políticos suspensos por oito anos, volta à política no ano que vem. Entra na disputa ao governo estadual ou ao Senado? Ninguém arrisca palpite. Certeza mesmo, só de que ele retomará aos palanques. Se em São Paulo foi impedido pela justiça Eleitoral de disputar em 2000 - quando ainda não vencera seu tempo de ostracismo nas urnas -, em Maceió as portas de partidos e poderosos locais estão escancaradas para ele.

Se resolver concorrer ao governo, provocará um abalo em todas as outras candidaturas. Lessa concorre à reeleição. Vai disputar com uma ex-aliada, a senadora petista Heloísa Helena, conhecida por não ter papas na língua, e com um "collorido" de primeira hora, Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado.


PL gaúcho indica Medina para o governo.
Em convenção realizada ontem, no Clube dos Caixeiros Viajantes, em Porto Alegre, o Partido Liberal discutiu seus projetos e propostas para governar o Rio Grande do Sul a partir de 2003.

Ao final do encontro, os convencionais presentes aprovaram a candidatura do capitão da Brigada Militar Aroldo Medina ao governo do Estado e do vereador e pastor evangélico Valdir Caetano para a vaga do partido ao Senado.
Medina, que se diz um admirador do ex-presidente Juscelino Kubitschek, autor do slogan 50 anos em cinco, disse que, se eleito, seu governo fará o Rio Grande do Sul crescer 40 anos em quatro.

O candidato do PL quer fazer da segurança pública uma prioridade no Estado. Ele disse que a forma mais eficaz para isso é valorizar os policiais, oferecendo condições e infra-estrutura para o profissional e também para o cidadão". Medina prometeu "dar um basta no crescimento da criminalidade no Rio Grande do Sul".

Por sua vez, o vereador Valdir Caetano afirmou que "o PL é o partido que mais cresce no Estado- Estamos coesos e cientes das nossas responsabilidades. O Rio Grande do Sul tem ficado isolado do governo federal e precisamos retomar essa proximidade", ressaltou.
Nascido em Livramento, Aroldo Medina tem 37 anos e é o primeiro oficial da Brigada Militar a candidatar-se ao governo gaúcho.


Aécio quer brilhar limitando a imunidade parlamentar.
O presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves (PSDB-MG), disse que pretende encerrar o ano legislativo com "fecho de ouro", votando o segundo turno da PEC (proposta de emenda à Constituição) que limita o conceito de imunidade parlamentar. Um projeto antigo e polêmico, que o parlamentar conseguiu colocar na pauta de votação, somando votos para sua contabilidade eleitoral. Aécio, discretamente, trabalha sua candidatura presidencial.

Também deverá ser votado o Orçamento Geral da União de 2002.
Mas, para que consiga votar o Orçamento e a imunidade, disse Aécio, é preciso que seja votado amanhã o projeto que altera a Consolidação da Leis do Trabalho.
O presidente da Câmara informou que os líderes partidários prevêem que o Orçamento da União poderá ser votado no plenário da Casa dia 19 de dezembro.

O Plenário da Câmara votará duas medidas provisórias: uma, que dispõe sobre mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de Valores Mobiliários e a outra, que dispõe sobre o alongamento de dívidas originárias de crédito rural. Também votará a MP que cria a taxa de iluminação pública municipal.

O presidente da Câmara, deputado Aécio Neves, informou que a pauta prevê, ainda, a votação de projeto que estabelece normas para as eleições, para ampliar a segurança e a fiscalização do voto eletrônico, dispondo que no ato da votação eletrônica a uma imprimirá o voto do eleitor para conferência em depósito automático, em local previamente lacrado, após conferência pelo eleitor.


Editorial

Pobreza e ação do Estado

Ex-ministra da Administração, atualmente gerente para a América Latina do Banco Mundial, Claudia Costin analisa, em recente artigo, a pobreza no Brasil e a ação do Estado. Ela diz que, apesar de importantes avanços em indicadores sociais nos últimos anos, especialmente os referentes à matrícula no Ensino Fundamental de crianças na faixa de 7 a 14 anos (hoje em tomo de 97%), a pobreza e, sobretudo, as desigualdades de renda parecem prosseguir intocadas. Continuamos carregando a reputação de um dos países de maior concentração de renda do mundo, lembra Claudia.

Segundo ela, um esforço importante vem sendo feito para atenuar esta situação. "Procurou-se, com vigor, combater o clientelismo na política social. Houve, no período recente, o esforço de estabelecer mecanismos mais efetivos de enfrentamento da realidade social", afirma.
Por que então a pobreza se mantém? "Os recursos da política social não são perdidos apenas para o clientelismo e a corrupção.

Há conflitos interburocráticos que fazem emergir a figura dos 'donos de programa', que evitam, a todo custo, a redução do dinheiro reservado a programas específicos, e que dificultam a integração da ação de governo no combate a um problema intersetorial". A economista ainda cita a destinação de grandes parcelas do gasto social para a população de maior poder aquisitivo, como o caso do ensino universitário e a Previdência do Setor Público, responsável por um rombo do R$ 42 bilhões por ano.

Claudia Costin conclui que resolver esta questão exige mais "que um passe de mágica. Demanda uma vontade de transformação ainda não presente na sociedade, especialmente em suas elites. Mesmo assim, avanços importantes foram feitos e podem ser acelerados".


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11/26/2001


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