Ibope confirma estabilidade de Lula e Roseana






Ibope confirma estabilidade de Lula e Roseana
A pesquisa revela ainda que 61% dos votos de Roseana Sarney vêm das mulheres. Segundo os técnicos, isso representa um fato novo em disputas presidenciais no Brasil.

A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria/lbope divulgada ontem mostra que o pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, se mantém estável na liderança em todas as simulações para a disputa presidencial de 2002, seguido pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), que se consolida no segundo lugar.

A pefelista é a única pré-candidata que apresentou crescimento expressivo nos dados colhidos desde setembro deste ano, chegando a obter 20% em uma das simulações. Na primeira delas, Lula subiu de 30% para 31%; Roseana, de 12% para 16%; Ciro Gomes caiu de 12% para 10%; Anthony Garotinho, de 10% para 9%; Itamar Franco, de 10% para 7%; e o ministro José Serra, de 6% para 5%.

Tasso - Numa segunda simulação, em que Serra é retirado da lista e o candidato do PSDB é o governador do Ceará, Tasso Jereissati, o desempenho de Roseana melhora um pouco. Lula fica com 31%, Roseana alcança 17%, Ciro e Garotinho recebem 10% cada um, Itamar fica com 7% e Tasso, com apenas 2%. Na pesquisa de setembro ele aparecia com 3%.

Em outra simulação, na qual não aparecem nem Itamar nem Garotinho, todos os outros apresentam crescimento pulverizado: Lula chega a 34%; Roseana, a 20%; Ciro Gomes tem 13%; Serra, 8%@'e Fnéas, 2%.

Indecisos - Na pesquisa espontânea, Lula é o mais lembrado e recebe 15% dos votos. Roseana tem 5%, FHC é citado por 4% dos entrevistados, Ciro Gomes, por 3%, Anthony Garotinho tem 2% dos votos. Itamar Franco, José Serra e Paulo Maluf recebem 1% dos votos na espontânea. O número de eleitores


Pont concorre se Olívio desistir da reeleição.
Ex-prefeito de Porto Alegre, Raul Pont, disse ontem que antes "dos acontecimentos políticos causados pela CPI, apoiava a reeleição de Olívio e Rossetto nos seus atuais cargos". Mas atualmente, explica ele, "criou-se um impasse que dependerá de uma avaliação do quanto a imagem do chefe do Executivo gaúcho foi afetada". Raul Pont admite que " a CPI trouxe um desgaste forte ao PT," mas acredita que "tudo será revertido"

O ex-prefeito lembra que o PT teve problemas na sua primeira administração na prefeitura de Porto Alegre, em 1889. 'A imprensa nos atacava e depois entendeu nossa forma de governar e passou a nos apoiar" afirma.

Pont é um dos nomes do PT ao Senado e em tese não é candidato ao Governo do Estado. Mas afirma que "mantém seu nome à disposição do partido e que só pensaria em uma candidatura ao governo, se Olívio Dutra não for candidato”.


Proença apela, e Arnóbio diz não
O deputado federal Nelson Proença, novo líder estadual do PPS, fez ontem um apelo para que o ex-presidente regional do PPS, Arnóbio Pereira, "reconsidere sua decisão de sair do partido".

Proença "lamenta profundamente a saída de Arnóbio". O deputado federal saiu do PMDB e ingressou na sigla em outubro, juntamente com o ex-govemador Antônio Britto, o senador José Fogaça, os deputados estaduais Mário Bemd, lara Wortmann, Berfran Rosado e Cezar Busatto e a vereadora Clênia Maranhão.

Proença diz que "a presença do ex-presidente é fundamental ao partido". E insiste: "O lugar do Arnóbio é junto com seus amigos e companheiros do PPS. Ele tem uma história inteira vivida aqui dentro e não pode nos deixar".

O grupo do ex-governador Britto, além da presidência, ocupa cargos importantes na Executiva estadual e na chapa de delegados do PPS.


Mercado gaúcho atrai indústria de informática

Empresas da área de informática de Hong Kong, na China, manifestaram ontem ao presidente da Procergs, Marcos Mazoni, e ao secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, José Vianná Moraes, seu interesse em conhecer o Rio Grande do Sul e investir no Estado.

No último dia da missão governamental e empresarial à China, os representantes do governo gaúcho tiveram um encontro com empreendedores e depois um workshop com os dirigentes e representantes da indústria chinesa de microcomputadores e componentes eletrônicos.

Os empresários revelaram aos integrantes da missão gaúcha seu desejo de conhecer melhor o mercado gaúcho do setor e não esconderam a intenção de, futuramente, investirem na instalação de unidades fabris no Rio Grande do Sul.

Destacaram, porém, que não pretendem competir com a produção das indústrias locais. Representantes da Dell Computer, dos estados Unidos, participaram dos encontros, realizados no Novotel e Trade Development Council, em Hong Kong.

Moraes e Mazoni fizeram uma detalhada apresentação das potencialidades do Estado. Na rodada de negócios, com mais de 40 empresários chineses presentes, uma dezena deles explicitou a vontade de investir no Estado.


Editorial

Pauta prioritária no Congresso

o presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, afirmou, durante palestra em Porto Alegre, segunda-feira, que a revisão tributária será pauta prioritária no Congresso, em 2002. Apesar de ter falado em "avanços" e não numa reforma completa, o deputado fez uma referência à retirada de alguns impostos em cascata. "Seria a contribuição que o Parlamento poderia dar ao setor produtivo", afirmou. A cumulatividade dos impostos é, talvez, o melhor exemplo da voracidade tributária que impera no Brasil. São os impostos em cascata como a Cofins, o PIS e a CPMF - que oneram a produção. O BNDES fez um estudo sobre o impacto da cumulatividade. O setor mais prejudicado é o da siderurgia. Apenas devido aos tributos, o aço nacional acaba saindo 10% mais caro do que o estrangeiro. As indústrias de material elétrico e de automóveis pagam 9%

Tanto são prejudiciais à sociedade que, entre as 28 principais economias do mundo, apenas seis cobram impostos em cascata - Brasil, Argentina, Venezuela, Bolívia, Colômbia e Filipinas. Além disso, nenhum país desenvolvido tem imposto sobre movimentação financeira. Ele existe apenas no Brasil, Argentina e Colômbia.

Arrancar impostos da sociedade é uma prática que vem de décadas, nas três esferas da administração - União, estados e municípios. Ano após ano os tributos arrecadados crescem de forma expressiva. Até o final de 2001, o governo terá recolhido cerca de 34% do PIB. E há estudos prevendo que este total poderá chegar a 35% do PIB no próximo ano. Por isso tudo só podemos aplaudir a intenção da Câmara dos Deputados, de começar a revisar, em 2002, este sistema tributário injusto e distorcido.


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12/12/2001


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