Roseana vai a 23%; Lula cai a 26%
- Roseana vai a 23%; Lula cai a 26%
- O pré-candidato do PT à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva caiu de 30% para 26% e, pela primeira vez desde setembro, deixa de liderar sozinho a disputa, segundo o Datafolha.
Roseana Sarney (PFL) foi de 21% para 23%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, há empate técnico. No segundo turno, Roseana venceria por 51% a 39%. Antes, a diferença era de 46% a 40%.
Anthony Garotinho (PSB) chegou a 13% das intenções de voto, na sua quarta variação positiva em cinco pesquisas.
O pré-candidato do PSDB, José Serra, cresceu três pontos, passando de 7% para 10%, em sua primeira movimentação acima da margem de erro desde setembro. Já Ciro Gomes (PPS) segue linha descendente, passando de 10% para 8%. Itamar Franco (PMDB) manteve os mesmos 6%. (pág. 1, A7 e A8)
- O presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu a melhor avaliação do segundo mandato - 31% consideram seu Governo bom ou ótimo, uma elevação de sete pontos.
O índice de ruim ou péssimo caiu de 35% para 29%. O percentual de entrevistados que consideram seu Governo regular manteve-se estável - oscilou de 40% para 38%. (pág. 1 e A9)
- Na cidade de São Paulo, 42% da população adulta não possui planos de previdência, sejam estatais ou privados, revela uma pesquisa do Datafolha.
Especialistas do setor estimam que o quadro seja semelhante no restante do Brasil.
Na faixa de renda familiar superior a R$ 3.600, 18% não se preparam para a aposentadoria. O índice sobe para 45% na faixa com renda familiar até R$ 360. Os entrevistados deram nota 4,3 para o sistema previdenciário do País. (pág. 1, B9 e B10)
- José Serra deixa o Ministério da Saúde sem cumprir a promessa que fez ao assumir a pasta, em 1998, de derrotar o mosquito transmissor da dengue. Sai para fazer sua campanha em meio a nova epidemia.
Para especialistas, a pasta cometeu erros na transferência do combate à dengue às prefeituras, precipitou-se ao dispensar milhares de agentes sanitários e não fiscaliza suficientemente as ações municipais.
Na gestão Serra, porém, o custo por paciente de Aids caiu de US$ 4.700 anuais para US$ 2.500, em razão da disputa do ministro contra os laboratórios e o governo dos EUA para baixar os preços dos remédios.
O número de equipes do Programa Saúde da Família saltou de 3.147 em 1998 para 13.661 em janeiro deste ano.
O sarampo foi erradicado. Os casos de febre amarela e febre tifóide subiram. (pág. 1, A11 a A14)
- Os bancos foram os únicos que saíram ilesos das turbulências econômicas do Brasil nos últimos oito anos. De acordo com estudo realizado pela Austin Asis, todos os outros setores da economia sofreram problemas na rentabilidade.
Na avaliação de economistas, a política de juros do Governo é a principal responsável pelos altos e constantes lucros do setor bancário. (pág. 1 e B1)
- O presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, e chefes das Forças Armadas decidiram visitar a zona rebelde no centro-sul do país reocupada por tropas oficiais após o rompimento do processo de paz com a guerrilha, na quarta. Pastrana quer mostrar à população que controla a área. (pág. 1, A17 a A22)
Colunistas
PAINEL
- José Serra disse à cúpula do PSDB que considera a candidatura da pefelista Roseana Sarney irreversível. Para o presidenciável tucano, o partido tem de se preocupar em fechar alianças como PMDB e com o PPB.
Editorial
“CONFRONTO NECESSÁRIO
A ação militar contra a guerrilha parece de fato ser a única alternativa que resta ao presidente da Colômbia, Andrés Pastrana. Ele pode ir à guerra com a consciência tranqüila. Fez o que pôde para encontrar uma solução política para o conflito que, há décadas, opõe guerrilhas e governos na Colômbia.
Se existe um culpado pelo fracasso do diálogo de paz, esse culpado são as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Embora a guerrilha de inspiração marxista tenha se sentado à mesa de negociações e tenha aceito a oferta de Pastrana de criação de uma zona desmilitarizada do tamanho da Suíça no interior do país, as Farc se mostraram incapazes de abandonar a luta armada para converter-se em movimento político. (...) (pág. A2)
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02/24/2002
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