DEBATE DA CONTRIBUIÇÃO DOS INATIVOS: ADEMIR ANDRADE E EMÍLIA FERNANDES



ADEMIR ANDRADE"É muito grave cobrar 25% de quem está há cinco anos sem aumento", afirmou o senador Ademir Andrade (PSB-PA), durante os debates do projeto que institui a contribuição previdenciária para os servidores inativos e aumenta a cobrança dos servidores da ativa. Para ele, a medida não produzirá os efeitos desejados, apenas onerando "os já sacrificados servidores". Como alternativa, Ademir Andrade sugere a elaboração de um projeto comum a partir do Congresso Nacional e com a colaboração dos governadores de estado. - A solução tem que vir de mais cabeças e não apenas de meia dúzia de economistas e de um presidente que não entende nada de economia. O Congresso deposita excessiva confiança nas decisões do governo. Aqui se aprova tudo o que o Executivo pede. Basta a equipe econômica pedir, que a matéria é aprovada - afirmou.Para Ademir Andrade, a hipótese de suspensão dos pagamentos das dívidas brasileiras, como forma de equilibrar as contas públicas, não deve ser afastada. "A moratória tem que ser seriamente discutida e pensada. Nós queremos estabilidade, mas com justiça social."EMÍLIA FERNANDESA senadora Emília Fernandes (PDT-RS) classificou o aumento da contribuição previdenciária dos servidores e a taxação dos inativos como mais um ato na "estratégia de desmonte do serviço público preparada pelo governo". Para ela, a medida, "injusta, discriminatória e revanchista", não possibilitará ao governo superar a atual crise financeira.- A medida é inócua, improdutiva e aprofunda a perseguição aos servidores. O que há é uma verdadeira extorsão. O governo dizia que a aprovação do projeto na Câmara dos deputados provocaria a recuperação das bolsas, e o que aconteceu foi o contrário - frisou.Emília Fernandes defendeu uma mudança drástica na política econômica. "O Brasil não precisa de impostos ou confiscos salariais, mas da promoção do desenvolvimento e da valorização dos trabalhadores", observou.

26/01/1999

Agência Senado


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