Debatedores apresentam sugestões para uma Copa do Mundo ecologicamente correta



Durante o debate sobre o projeto "Copa Limpa", que prevê ações ecologicamente corretas nos preparativos e durante a realização da Copa do Mundo de 2014, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, observou que várias oportunidades se abrem para o país.

- Essa é a maior plataforma de divulgação de um país moderno, democrático, com estabilidade política e econômica e com capacidade de exercer um protagonismo internacional. É a oportunidade de modernização da infraestrutura urbana e uma oportunidade única de qualificação de serviços como o de segurança e saúde - sugeriu o ministro na audiência pública organizada, nesta terça-feira (2), Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas (CMMC).

Orlando Silva informou que, além do grupo executivo coordenado pela Casa Civil, o presidente Lula deve criar outro grupo, composto pelos ministérios das Relações Exteriores, Comunicação, Cultura, Comércio, Indústria e Desenvolvimento que irá se preocupar com patentes e marcas e se preocupará com a divulgação dos eventos da Copa.

Mauro Passos, do Instituto Ideal, apresentou à comissão proposta para instalação de energia solar nos estádios das doze cidades que sediarão os jogos. O relator da CMMC, deputado Colbert Martins (PMDB-BA) ressaltou a necessidade de discutir, na Comissão Mista de Orçamento, durante a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), os recursos a serem destinados para a realização da Copa. Ele quer investimentos diretos para viabilizar o uso de energia solar durante a Copa de 2014.

O representante da Casa Civil, Roberto Guribe, ressaltou a busca pela transparência nos recursos empregados e a decisão de monitorar os investimentos privados para evitar erros, pois é a "marca Brasil que está em jogo". Guribe disse que a Casa Civil priorizou projetos de sistemas de transporte e que cálculos preliminares demonstram benefícios para 34 milhões de pessoas em 173 municípios, a partir das 12 cidades-sedes.

Francisco Müssnish, da CBF, falou sobre a importância da licença prévia a ser obtida pelos estados para viabilizar modelos de renovação ou construção de estádios, dentro dos moldes da energia limpa. Para ele, obras já incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo devem viabilizar convênios entre estados e municípios para o reuso de água, a utilização de energias renováveis, a não degradação dos entornos dos estádios e a utilização de transporte com segurança.

Consumo de água

Já Ivo Bukaresky, chefe de gabinete do Ministério do Meio Ambiente, defendeu a alteração dos padrões de consumo da água nos grandes centros urbanos e sugeriu seu reuso nos estádios, onde deve haver também, segundo ele, coleta seletiva de lixo, compensação de emissões de gás carbônico, utilização de metrô e mapeamento de tecnologias diversas de energia, de acordo com as potencialidades das regiões.

A deputada Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM) defendeu a oferta de um "selo verde" para instituições que promovam a sustentabilidade ambiental, "tanto em iniciativas públicas, quanto em empreendimentos populares".

O deputado Lupércio Ramos (PMDB-AM), representando o governo do Amazonas, defendeu a "carboneutralização" da competição, com a compensação de cada tonelada de gás carbônico emitida durante os jogos e a construção do estádio sustentável de Manaus. Para isso, informou, foi criada a Fundação Amazônia Sustentável, que prevê a criação de parques ecológicos e de uma reserva ambiental. Disse também que o estado pretende investir fortemente na erradicação de doenças endêmicas, como a malária.



02/06/2009

Agência Senado


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