Delcídio aponta bases para desenvolvimento do oeste do país



O senador Delcídio Amaral (PT-MS) defendeu a necessidade de planejamento estratégico para o desenvolvimento econômico e apontou as oportunidades de investimento identificadas para a região oeste do país (formada por parte dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e um município do Pará). O senador ressaltou a posição estratégica desta região, em termos de integração com as Regiões Norte e Nordeste e com a Bolívia e o Paraguai. Delcídio citou a expansão da agricultura e da agroindústria, com respeito ao ecossistema, como uma das principais alternativas da região.

A expansão da agroindústria no eixo oeste, afirmou o senador, gera oportunidades, empregos e renda para os brasileiros de todas as regiões. Ele ressaltou que o Pantanal, ecossistema único no mundo, deve receber investimentos que levem à sua preservação e exploração de forma sustentável. Os recursos naturais da região, frisou, serão melhor aproveitados com a evolução tecnológica e maior conhecimento. Investimentos em transportes, energia e telecomunicações reduzirão custos e facilitarão o acesso dos produtos da região aos mercados interno e externo, acrescentou o senador.

No que diz respeito à infra-estrutura, o Delcídio deu especial atenção à questão energética. Ele defendeu o melhor aproveitamento do gasoduto Brasil-Bolívia. Ele lembrou que gás natural é uma fonte confiável e limpa e pode se tornar solução altamente competitiva e viável, atendendo com qualidade e menores impactos ambientais as necessidades de abastecimentos da região.

A propósito deste tema, a senadora Ideli Salvati (PT-SC) salientou que o alto preço do gás boliviano tem freado o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e dos estados da Região Sul. O senador Rodolplho Tourinho (PFL-BA) também defendeu o planejamento estratégico que, se tivesse sido cumprido, teria evitado a crise energética por que passou o país no ano passado.

Delcídio Amaral citou o Portfólio do Estudo dos Eixos de Desenvolvimento (2000-2007), que apontou 102 oportunidades de investimento apenas no setor energético, compreendendo gasodutos, usinas termelétricas e hidrelétricas e linhas de transmissão, com execução financeira a um custo de R$ 54,5 bilhões.

No setor de transportes, o mesmo estudo, conforme o senador, indicou 225 oportunidades a um custo de R$ 54,8 milhões. Estes investimentos trariam uma economia em custos de produção orçado em R$ 2,7 bilhões anuais.



26/03/2003

Agência Senado


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