Discurso de Álvaro Dias sobre CPI do Futebol tem apoio de senadores



O discurso do senador Álvaro Dias (PDT-PR) denunciando pressões contra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol Brasileiro foi aparteado por vários senadores nesta quinta-feira (29). Eles elogiaram sua atuação firme na presidência da CPI, bem como a seriedade do relator Geraldo Althoff (PFL-SC). Para o senador Carlos Patrocínio (PFL-TO), a CPI precisa do apoio de todos, para colocar um ponto final nessa "fase negra do futebol", como deseja a população brasileira que tanto ama esse esporte.

O senador Ademir Andrade (PSB-PA) relatou que a reunião de líderes desta quinta-feira pela manhã cristalizou uma preocupação unânime com a imagem do Senado. "Houve uma decisão no sentido dos líderes partidários tentarem sensibilizar os senadores que estão querendo apresentar relatório alternativo a desistirem da idéia para que o trabalho de Althoff possa ser aprovado por quase unanimidade", disse.

Para o líder do PSDB, senador Geraldo Melo (RN), a CPI foi séria, recusando-se a ser espetáculo ou virar circo. "Nenhum de seus integrantes tinha intenção de condenar ninguém, apenas apurar os fatos. Precisamos reconhecer a conduta exemplar do presidente e do relator da CPI que não se deixaram levar pela emoção e se ativeram à verdade", disse.

O senador Moreira Mendes (PFL-RO) aplaudiu a conduta dos integrantes da CPI que tiveram a coragem de enfrentar os poderosos do futebol. Para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o relatório de Althoff será aprovado pela maioria dos integrantes da CPI que reconheceram a seriedade do trabalho.

Segundo o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), os fatos apurados pela CPI são gravíssimos e precisam gerar conseqüências imediatas. "Na Câmara, o deputado Eurico Miranda precisa ser investigado sobre a forma como exerceu seu mandato. Também não tem cabimento as pressões para deixar Ricardo Teixeira de fora do relatório. Aqueles que faliram a Confederação e várias Federações de Futebol precisam ser responsabilizados", destacou.

29/11/2001

Agência Senado


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