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Dissidentes do PMDB podem ir para o PPS O líder do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado Mário Bernd, anunciou ontem a provável migração de onze parlamentares da legenda para o Partido Popular Socialista. “O PPS é uma alternativa nova e interessante para derrotar o PT e capaz de oferecer projeto de desenvolvimento para o Estado”, disse. De acordo com Bernd, além dele, o senador José Fogaça, os deputados federais Germano Rigotto e Nelson Proença, os estaduais Berfran Rosado, Cézar Busatto, Elmar Schneider, Iara Wortmann e Paulo Odone, que lidera a bancada no Legislativo, e os vereadores Clênia Maranhão, líder do partido na Câmara e Sebastião Melo estariam cogitando a saída do PMDB. Ele acrescentou o nome do deputado estadual João Osório no grupo. A postura adotada pelo partido no País e a influência crescente do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, no comando estadual da sigla motivariam a dissidência. “O PMDB virou um balcão de negócios e não senta mais com o Governo Federal para discutir projetos e sim cargos”, criticou Bernd. Para o ex-deputado federal Luis Roberto Ponte, um dos vice-presidentes regionais do partido, “a matriz dessa mobilização é o descontentamento do ex-governador Antônio Britto”. Na avaliação do presidente do PMDB gaúcho, deputado federal Cezar Schirmer, não há razões objetivas que justifiquem a debandada do partido. Lideranças regionais avaliam que a mobilização está sendo pautada por interesses nacionais. Entre eles, a proximidade com o pré-candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, e com o líder do PDT no País, Leonel Brizola, numa possível composição de centro-esquerda para disputar as eleições do próximo ano. Bernd destacou que a adesão dos peemedebistas ao PPS depende “do tipo de comprometimento que o PTB e o PDT terão com o partido”. Ele confirmou o avanço das negociações com Brizola e com Sérgio Zambiasi, líder dos petebistas, a quem classificou como o mais entusiasmado com a idéia de aliança. Ponte alertou para o risco de que a migração inviabilize coligações no futuro. “Os dirigentes do PMDB poderão fazer aliança no segundo turno de 2002 com os dissidentes, mas as bases certamente não os perdoarão, porque a fidelidade partidária ocorre ao natural no Estado”, advertiu Novos dirigentes do PT devem ser conhecidos hoje A primeira eleição direta do Partido dos Trabalhadores (PT) para a escolha dos novos dirigentes municipais, estaduais e nacional da legenda foi marcada pelo atraso na apuração dos resultados e pela baixa participação dos filiados no processo sucessório. Ontem, o diretório do PT no Rio Grande do Sul aguardava explicações do comando nacional sobre as falhas técnicas que inviabilizaram a totalização dos votos no País ainda no domingo, apesar da utilização de urnas eletrônicas. Uma reunião em São Paulo definiu que a partir de agora a apuração dos votos será feita na sede estadual do PT, que se encarregará de repassar os dados para o sistema nacional. A decisão deverá agilizar a divulgação dos resultados, que poderão ser conhecidos ainda hoje. No Rio Grande do Sul, de acordo com a direção estadual do partido, 330 municípios estavam habilitados a realizar a eleição e 101 mil filiados aptos a votar no final de semana. Houve falta de quórum em zonais da Capital paulista, da cidade de Santos, do Recife, de Belo Horizonte, e das localidades mineiras de Juiz de Fora e de Contagem. Pelo regimento, caso a eleição não atinja 15% dos filiados locais, os votos recolhidos deixam de ser computados. Registros parciais do Centro do País contabilizavam ontem à tarde os votos de 129.292 petistas do total de 861.953 com direito a elegerem os novos dirigentes do partido. Apontado em quase todo o Brasil como reeleito para a presidência nacional do PT, o atual dirigente, José Dirceu, licenciado do cargo para concorrer, acabou derrotado no Estado pelo ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont. Mesmo sem chances de desbancar a supremacia de Dirceu, Pont ganhou espaço no cenário brasileiro e fortaleceu a tendência Democracia Socialista, corrente interna que dirige o Executivo gaúcho. Pont apresentou dados extra-oficiais em que somava cerca de 53% dos votos dos petistas gaúchos, até o meio da tarde de ontem, contra 22% de Dirceu. O companheiro de partido, Júlio Quadros, afastado do comando estadual do PT para disputar a eleição nacional, aparecia com 18% dos votos. O ex-prefeito da Capital não acredita na hipótese de enfrentar um segundo turno, contrariando informações da assessoria nacional do PT, que admite essa possibilidade, indicando Pont em primeiro lugar no Estado, seguido de Júlio Quadros e de José Dirceu. Este último já liderava a disputa no Rio de Janeiro e no Mato Grosso, regiões que computavam mais de 80% dos votos às 17h30 de ontem. Na avaliação de Raul Pont, sua vitória no Estado não sinaliza o lançamento do governador Olívio Dutra à reeleição no Palácio Piratini. Para ele, é prematuro antecipar nomes à sucessão estadual antes de o próprio Olívio decidir se concorrerá novamente. Porém, reconhece que a vantagem de David Stival, da corrente Articulação de Esquerda, na eleição ao diretório regional, reforça a tendência de sucesso dos agentes políticos que se identificam com o governo estadual. Os filiados do Partido dos Trabalhadores em Porto Alegre prevêem retornar às urnas no dia 7 de outubro, para escolher entre Waldir Bohn Gass, Adroaldo Corrêa e Adeli Sell à presidência do diretório. Fórum de Educação tem programa divulgado hoje A prefeitura de Porto Alegre e entidades gaúchas apresentam hoje a programação do Fórum Mundial de Educação. O evento, inspirado no Fórum Mundial Social, será realizado na capital entre os dias 24 e 27 de outubro. A expectativa dos organizadores é reunir mais de 15 mil pessoas no evento, cujo tema será A Educação no Mundo Globalizado. Serão convidados teóricos, pesquisadores, estudantes, representantes de entidades de classe, universidades, escolas, governos e organizações não-governamentais. de todo o mundo. Quatro conferencistas estão confirmados: Steve Stoer, Ignácio Ramoet, Bernard Charlot e Rosa María Torres. Os quatro eixos temáticos são transformações e utopias, tecnologia e trabalho, culturas e direito. Terrorismo nos EUA pode afetar desempenho do PIB A tendência de desaceleração que marcou a economia brasileira - e especialmente a gaúcha - a partir do segundo trimestre de 2001 tende a se intensificar nos próximos meses, principalmente após os ataques terroristas aos Estados Unidos. “Depois dos acontecimentos da semana passada, a tendência é o PIB brasileiro crescer menos ainda do que os 1,5% anteriormente previstos”, afirmou ontem o diretor-técnico da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Flávio Fligenspan, durante a apresentação da Carta de Conjuntura mensal da entidade. Contudo, o economista pondera que é difícil prever a dimensão do possível impacto, pois as repercussões políticas e econômicas do ataque, bem como a extensão do conflito, ainda são incertas. “Os países pobres como o Brasil, que depende de cerca de US$ 55 bilhões por ano para fechar suas contas, têm de esperar que o mundo não entre em situação de turbulência”, afirmou. Caso contrário, havendo dificuldade de financiamento externo, o País não terá como financiar as importações, fundamentais para o crescimento do PIB. “Cada ponto de crescimento do PIB exige aumento de três pontos nas importações”, contabiliza Fligenspan. O provável recuo no mercado internacional vem em um momento não muito propício, marcado internamente por instabilidade cambial, elevação dos juros e crise energética. O efeito disso já pôde ser sentido no Rio Grande do Sul no primeiro semestre, quando a produção da indústria de transformação e o comércio tiveram crescimento praticamente nulo (0,35% e 0,44%, respectivamente). No período, o desempenho do mercado formal de trabalho também foi modesto: aumento de 0,5% no índice de ocupação, segundo levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego. Por outro lado, fatores positivos para o Estado foram o bom desempenho da safra de verão, com crescimento de 32,9% sobre o ano anterior, e o aumento de 18,9% nas exportações apurado no primeiro semestre. Fepam faz exigências às fábricas de adubo na área do Superporto Para terem renovadas as licenças de operação, as três empresas de fertilizantes de Rio Grande terão 90 dias para cumprir algumas exigências da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Nesse prazo elas terão que apresentar propostas de instalação de amostradores contínuos para material particulado e gases nas chaminés das unidades de produção. Para apresentação de um programa de treinamento contínuo para todos os funcionários que trabalharam na área de produção e operação dos sistemas de controle ambiental é de 60 dias o prazo. A gerente regional da Fepam, Lúcia Anello, explica que as licenças são renovadas anualmente. “As indústrias vinha alegando problemas financeiros para postergar a adoção de medidas que permitam o controle do que sai das chaminés”, explica Lúcia. Segundo ela, os efluentes líquidos contam com equipamentos de controle eficientes, faltando os cuidados com a poluição aérea. Mesmo as empresas (Roullier, Trevo e Bunge) estando situadas na área do superporto, a oito quilômetros do centro da cidade, nos dias de inversão térmica, em que o material expelido das chaminés se espalha próximo ao solo, deixa a população em situação de desconforto e até mesmo a saúde pode ser afetada. É preocupada com esse fato que a Fepam também está exigindo que as empresas tomem providências necessárias para minimizar as emissões atmosféricas prevendo paralisação ou redução das atividades em caso de acidente ou inversão témica. A gerente pondera que com a instalação dos amostradores nas chaminés será possível conhecer o que está sendo lançado na atmosfera. Colunistas NOMES & NOTAS Travessia A conjuntura difícil da economia brasileira não assusta o vice-presidente da Credeal, Fernando Alban. “A empresa sempre cresceu em momentos difíceis”, afirma. Para este ano, o faturamento da empresa deve crescer 30%. No ano passado, a Credeal esperava ter uma renda de R$ 69 milhões que acabou indo para R$ 102 milhões, com a produção de 32 mil toneladas de cadernos. Em 1999 exportou R$ 1,1 milhões e de janeiro a maio deste ano já vendeu no mercado internacional R$ 10,5 milhões. No ano passado, 67% das exportações foram para os Estados Unidos. Seguros altos Especialistas avaliam em US$ 30 bilhões o custo do seguro do ataque terrorista às torres gêmeas do Word Trade Center, em Nova York. Se isso se confirmar, porque não se sabe ainda o número de mortos ou o tamanho das perdas materiais, seu custo será maior do que o gerado pelo furacão Andrew que atingiu a Flórida em 1992. De um modo geral, os maiores seguros pagos, no mundo, se referem a desastres naturais como tempestade, furacão, terremoto e ciclone. As seguradoras brasileiras estiveram recentemente envolvidas com o problema de pagamento de sinistros de grande porte, como o da plataforma P 36 da Petrobras, mas no valor de US$ 350 milhões, pequeno se comparado às cifras referidas. Justificação Havia dúvidas, no mercado internacional, se as seguradoras cobririam sem cláusulas de exceção os sinistros do ataque terrorista aos Estados Unidos. As seguradoras vieram a público para informar que honrarão todas as apólices. Um diretor da Re Swiss, uma das maiores do setor de todo o mundo, disse textualmente: “É nessas horas que se justifica a existência de nosso setor”. Nova rede Comerciantes de vales do Rio Pardo e Taquari e Porto Alegre abriram O Grupo Mosaico, uma nova rede de supermercados no sistema de cooperação. O Grupo é formado pelos supermercados Wollmann, de Candelária; RPM, de Lajeado; Bird, de Porto Alegre; Ebert, Miller e Superfeliz, de Santa Cruz do Sul; Avelino, Lenz, Marquetto e RPM, de Venâncio Aires; Superfeliz e Wilkro, de Vera Cruz. Seu objetivo é competir no mercado com preços diferenciados. Esses supermercados faturam em conjunto R$ 100 milhões por ano. Mesmo com a união, no entanto, cada integrante da rede manterá sua identidade visual e concorrem entre si. Combustíveis A Associação Nacional do Petróleo (ANP) calcula em R$ 0,15 por litro a margem mínima necessária para cobrir as despesas operacionais dos postos de combustíveis com a venda da gasolina. “Na Região Metropolitana de Porto Alegre ninguém trabalha com essa margem”, afiança o vice-presidente da Sulpetro, Adão Oliveira da Silva. “Por isso, muitos revendedores entram em falência. Nos postos de estradas, a situação é pior, pois os postos têm no diesel a sua principal receita”. O preço do diesel continua tabelado até janeiro do ano que vem e as margens dos revendedores estão congeladas. Dia da Tia Com objetivo de consolidar o Dia da Tia (21 de setembro) como uma nova data do varejo, a Store Shopping, administradora dos shoppings Canoas, Vale, Big Shopping e Zona Sul Strip Center, veiculará uma campanha institucional vinculada a premiações. A iniciativa pretende prestigiar as tias que não precisam ser necessariamente parente. As vendas na data ainda não são relevantes. Sinuelo A cantina Irmãos Molon, de São Marcos, lançou uma linha de vinhos finos, licorosos e espumantes da marca Sinuelo no Vino Brasil, promovida em Bento Gonçalves. A Molon vende cinco milhões de litros de vinhos e sucos por ano e está colocada entre as 15 maiores vinícolas do País. Com 38 anos de existência, é a segunda maior engarrafadora de sucos naturais do Rio Grande do Sul. Insegurança Os empresários de Caxias do Sul estão em campanha para aumentar os níveis de segurança na região. Além de estabelecer vínculos de diálogo com as autoridades da área que atuam na Serra Gaúcha, as entidades de classe pretendem oficialmente chamar a atenção do governo estadual sobre estado da segurança na região. “Afinal, Caxias do Sul recolhe R$ 1 bilhão de impostos por ano e não recebe do governo a devida contrapartida, principalmente na área da segurança”, diz o presidente do Sindilojas, Carlos Calcagnotto. No dia-a-dia Em comemoração à Semana Farroupilha, a Telefônica Celular/RS leva a Bagé, até a próxima quinta-feira. o filme Netto Perde sua Alma, de Tabajara Ruas e Beto Souza. A Brasimet, de São Leopoldo, lançou o Prêmio Universitário Brasileiro para estudantes de engenharia mecânica, metalurgia e materiais. Ele será entregue no próximo dia 27, em Gramado, durante o III Simpósio de Tratamentos Superficiais de Ferramentas da Ufrgs. O publicitário João Satt, presidente da Competence Comunicação e Marketing, viajou para a Alemanha, para participar da convenção da Volkswagen para definição de novo planejamento de marketing e da marca, e do lançamento de um novo automóvel. Gilberto Mestriner Stocche é o novo diretor Comercial da Fibra DuPont, no lugar de Luís Mário Kramer que e passa a assessorar a empresa na Região Sul. A Allied Domecq cancelou todos os vôos internacionais dos executivos da companhia. Por isso, a palestra de Ken Lindsay, embaixador da Ballantine’s, sobre a história do uísque programada para Porto Alegre não será realizada. Fábio Barreto rodou no domingo em Porto Alegre a segunda etapa da campanha do Hiper Mercado Big. São nove filmes incluindo comerciais institucionais de aniversário, natal, ano novo e verão. Topo da página

09/18/2001

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