DJALMA FALCÃO SOUBE POR COLLOR DOS PAPÉIS CONTRA FERNANDO HENRIQUE



O senador Djalma Falcão (PMDB-AL) disse nesta terça-feira (dia 10) que, antes do primeiro turno das eleições passadas, o ex-deputado Cleto Falcão o procurou em Maceió, a fim de marcar um encontro seu com o ex-presidente Fernando Collor de Mello. O encontro foi marcado para as 21h de uma quarta-feira, na residência de Cleto Falcão. Nesse diálogo, dizendo dispor "do maior escândalo da República, que poderia decretar a destituição do presidente", Collor teria dito que amigos seus, inclusive Lafayete Coutinho (ex-presidente do Banco do Brasil), possuíam documentos oficiais do governo das Ilhas Cayman comprovando irregularidades envolvendo membros do governo brasileiro.Segundo Djalma Falcão, Collor lhe contou que esses documentos comprovariam que, em 1994, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, José Serra e Sérgio Motta haviam constituído uma instituição financeira fantasma nas Ilhas Cayman, ali depositando algo "em torno de US$ 400 milhões". "Ele me disse que, na condição de senador, eu tinha autoridade e obrigação de fazer essa denúncia", afirmou Falcão, acrescentando ter respondido que não fugiria à sua responsabilidade de senador, desde que dispusesse dos documentos oficiais, traduzidos por tradutores juramentados, que fundamentassem a denúncia.Djalma Falcão observou que teria examinado esses documentos com juristas, a fim de constatar se eles mereciam fé. "Eu não fugiria à responsabilidade de cumprir o meu dever para com o país e o povo brasileiro. Se procedente, seria realmente um dos maiores escândalos da história do Brasil", observou o parlamentar. Ele disse que Collor ficou de procurá-lo posteriormente, trazendo os documentos, mas jamais o fez. Agora que tomou conhecimento do noticiário dos jornais a respeito do assunto, Falcão disse ter concluído que "tudo não passou de uma armação para prejudicar a candidatura de Fernando Henrique Cardoso".

10/11/1998

Agência Senado


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