Duciomar Costa diz que balanço do ano não é bom
Num balanço do ano que se encerra, o senador Duciomar Costa (PTB-PA) se disse preocupado com a distância entre o prometido à sociedade nas eleições passadas e o que foi efetivamente realizado pelos que se elegeram.
- Será que estamos cumprindo com nossa obrigação? - questionou ele, dizendo ser necessário dar, imediatamente, respostas para um povo que se encheu de esperanças no momento em que foi às urnas.
O parlamentar manifestou sua crença na determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em resolver os problemas do país, mas disse que a pressão mais urgente no momento é pela geração de empregos e pelo fim das desigualdades. Em sua opinião, é isso que o povo brasileiro espera e por isso foi em massa às urnas.
- Nós viemos para cá justamente com essa missão e com esse compromisso Lula foi eleito - disse o senador.
Referindo-se à situação do Pará, que tem perfil estrativista, Duciomar Costa disse que o estado contribui com mais de US$ 2 bilhões para a balança comercial brasileira, exportando anualmente US$ 2,4 bilhões e importando apenas US$ 300 milhões. Ele disse que esperava que a reforma tributária fizesse justiça fiscal em todos os estados brasileiros, sem privilegiar algumas unidades da Federação em prejuízo de outras.
Recomendando a realização de obras estruturais para ampliar a oferta de empregos, Duciomar Costa afirmou que, se o Pará tivesse concluído a Transamazônica, a rodovia Santarém-Cuiabá e as eclusas da hidrelétrica de Tucuruí, o estado teria condições de baixar o custo Brasil. -E não tenho dúvida que nós iríamos mudar a geografia de exportação desse país-, assegurou ele, lembrando que o Pará está 5 milhas mais próximo dos grandes mercados consumidores da Europa e Estados Unidos do que do centro do Brasil.
- Entendo que no momento que se der atenção para essas obras estruturais estaremos caminhando na direção de combater a desigualdade, com aquilo que é realmente o instrumento mais eficaz - a geração de emprego, a geração de renda, a municipalização da produção, porque não vejo outro caminho para atender aqueles que só entendem o que é emprego, o que é renda, o que é a necessidade de sustentar a família com dignidade e respeito.
12/12/2003
Agência Senado
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