Dutra quer cumprimento de acordo com trabalhadores de subsidiária da Petrobras
Pelo acordo, disse o senador, pouco mais de 300 trabalhadores da Nitrofértil, que haviam ganhado ação judicial no valor de R$ 300 milhões, abriram mão de executar a ação, desde que a empresa não fosse privatizada. O acordo, acrescentou, teve o aval do governo à época - o presidente Itamar Franco, o ministro das Minas e Energia, Paulino Cícero, o presidente da Petrobras, Joel Rennó, e os governadores da Bahia e Sergipe.
- Esse acordo não pode ser rasgado agora só porque houve alternância de poder. Ele não foi feito entre pessoas, mas entre instituições - enfatizou.
Em aparte, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, na época governador da Bahia, estado onde está localizada outra unidade da Fafen, em Camaçari, confirmou o relato de Dutra. Ele anunciou que acompanhará o senador petista no pleito junto às autoridades federais para que a Fafen continue com a Petrobras. - É uma questão de justiça e, do ponto de vista econômico, não é contra o interesse nacional , afirmou.
Para Dutra, os empregados da Fafen que, em 1993, receberiam cerca de R$ 800 mil cada um, o que consistiria numa "independência financeira", ao fazer o acordo demonstraram patriotismo, desprendimento e visão de futuro. No entender do senador, a eles interessava, "para surpresa de muitos", a manutenção das atividades industriais em Sergipe, cujo encerramento teria repercussões negativas para as gerações futuras.
08/02/2001
Agência Senado
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