Eduardo Azeredo critica Lula por desconsiderar contribuições de governos passados
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) criticou em Plenário, nesta quarta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por este atribuir a si mesmo a exclusividade de realizações em áreas de responsabilidade do governo federal, desconsiderando as contribuições de administrações anteriores.
Ele se referiu especialmente à postura adotada por Lula durante o debate, com o também candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin, promovido pela TV Record, nesta segunda-feira (23), no qual, segundo Azeredo, o presidente teria se colocado como o único mentor de transformações pró-inclusão de pessoas com deficiência ocorridas no país nos últimos anos.
Ressaltando a participação das associações de pessoas com deficiência em conquistas que tornaram a sociedade brasileira mais inclusiva, Eduardo Azeredo citou, entre outros, o Decreto 3.298/99 e a Lei 10.048/00, publicados no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
- A força de mobilização das pessoas com deficiência foi o que impediu também que, durante esses quase quatro anos de governo do presidente Lula, essas associações deixassem de funcionar e de oferecer atendimentos especializados, por suspensão do repasse de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) - disse.
Vale do Rio Doce
Ao comentar a compra, pela Companhia Vale do Rio Doce, da mineradora canadense Inco, o parlamentar mineiro defendeu a decisão do governo Fernando Henrique de privatizá-la.
- Para os que criticavam ou se diziam preocupados com a privatização da companhia, o valor em bolsa da Vale deve passar de 59 bilhões de dólares para 77 bilhões de dólares. Suas vendas anuais passarão de 13,4 bilhões de dólares para 18 bilhões de dólares - destacou.
Em apartes, Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Roberto Saturnino (PT-RJ) parabenizaram Eduardo Azeredo pelo pronunciamento. Saturnino observou, contudo, defendendo Lula, que muitas vezes o clima acirrado da disputa política leva os candidatos a exagerarem suas realizações em busca dos votos dos eleitores.25/10/2006
Agência Senado
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