Efraim cobra coerência na política externa



O líder da minoria, senador Efraim Morais (PFL-PB), cobrou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, maior coerência na condução da política externa brasileira. O parlamentar citou o fato de o presidente ter criticado o governo dos Estados Unidos em sua visita a Nova York mas ter evitado falar sobre o governo cubano em Havana, sob a alegação de que não se pronuncia sobre a política interna dos países que visita. Efraim citou a resposta de Celso Amorim ao ser informado de que o Brasil estaria excluído do processo de reconstrução do Iraque por ter condenado, reiteradamente, a guerra contra aquele país. "O Brasil não trocará princípios por produtos", teria dito o chanceler brasileiro. - Foi uma bela resposta, no entanto contrariada por atos recém-praticados diante de outros parceiros. Refiro-me à viagem a países de regimes totalitários, como Líbia e Síria, nos quais o país o país trocou, sim, princípios por produtos. Em nome do interesse comercial, o presidente se silenciou quanto a atos condenáveis daqueles países no campo dos direitos humanos - afirmou o líder da minoria, incluindo também Cuba no rol dos países que desrespeitam esses direitos. Efraim afirmou que não estava fazendo a defesa dos Estados Unidos, já que condena os atos de truculência praticados por essa nação e vê com reservas sua política externa.

- É mais que justo, e necessário, que o Brasil se posicione com independência em relação a temas palpitantes como a guerra do Iraque. Não faz sentido é que faça disso uma espécie de desafio despropositado aos Estados Unidos, superestimando, inclusive, a dimensão de seu protagonismo mundial - disse.



06/01/2004

Agência Senado


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