Efraim cobra coerência política do Partido dos Trabalhadores



O senador Efraim Morais (PFL-PB) cobrou coerência política e fidelidade aos ideais defendidos historicamente pelo Partido dos Trabalhadores (PT) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos integrantes do governo e dos políticos do partido. Para ele, recente artigo do jornalista Rui Fabiano, intitulado -O governo Lula e a real politik -, publicado na revista Ebrasil.com, descreve com realidade o que acontece atualmente na política do país.

Além de pedir a transcrição do artigo nos anais do Senado, Efraim destacou alguns pontos levantados pelo jornalista sobre a questão da fidelidade aos ideais partidários. Ele observou que Rui Fabiano explica a origem da expressão alemã - real politik-, que representa uma instância que se sobrepõe até mesmo à ética e aos preceitos partidários no cumprimento de uma intenção política.

Ele disse que concorda com o autor da matéria, que questiona o fato de Lula haver cobrado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso -que não deixasse o Fundo Monetário Internacional (FMI) se meter nos assuntos do Brasil-. Hoje, falou Efraim, o presidente presta ao FMI as mesmas satisfações que o governo anterior prestava.

O parlamentar pela Paraíba recomendou também a leitura de outro artigo, este sobre a reforma da Previdência e do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, publicado esta semana no jornal Folha S. Paulo. No texto, intitulado -Por uma reforma que amplie direitos-, contou o senador, o sindicalista e professor defende a adoção de uma reforma que resgate o conceito de seguridade social.

Efraim Morais apóia a visão de João Felício de que a maioria dos servidores públicos recebe salários muito baixos, o que, para ele e para o presidente da central, não justifica o fato de os funcionários públicos serem o foco de perdas da reforma. Ele também concorda com a elevação do teto salarial para 20 salários mínimos defendida por Felício.

O ponto primordial, no entanto, na opinião do senador, que deve merecer debates e críticas, é a taxação dos inativos. Segundo informou, irá votar contrariamente à proposta, por discordar dela e para manter sua coerência, já que votou contra proposição similar que foi apresentada quando ele era deputado federal.

- Eu parabenizo a posição de João Felício e espero que a CUT, a exemplo de outros tempos, não apenas escreva em jornais, mas também compareça ao Congresso para criticar a propor mudanças nesse texto - disse o senador.

Mudando a reforma

Em aparte ao senador Efraim Morais, o 1º vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), comunicou que cerca de 30 mil trabalhadores deverão participar de uma manifestação em Brasília defendendo alterações na reforma previdenciária. -Será uma grande mobilização que vai ajudar a aprofundar o debate-, garantiu Paim.

Efraim agradeceu o aparte e disse que admirava a coerência do senador gaúcho, manifestando também seu apoio à proposta alternativa de Paim, que prevê, entre outros preceitos, a criação de regras de transição para os servidores públicos já inseridos na regra atual.



06/06/2003

Agência Senado


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