Efraim diz que Congresso não deve se limitar à discussão do PAC
Embora reconheça que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve ter prioridade nas discussões da Câmara e do Senado, o senador Efraim Morais (PFL-PB) alertou que o Congresso não pode deixar de discutir também outros assuntos, como as reformas tributária e da Previdência. Ele observou que o próprio PAC precisa ser aperfeiçoado pelos deputados e senadores.
- Seria incoerência da minha parte, que passei os quatro anos iniciais do atual governo pedindo medidas de crescimento para o país, me opor agora, pura e simplesmente, quando iniciativas com esse objetivo estão sendo anunciadas. Em princípio, queremos muitos PACs e apoiaremos tudo o que neste programa, e em outros, tenha efetiva consistência - afirmou Efraim Morais.
Na avaliação do senador, a aprovação do PAC pelo Congresso está longe de ser o maior problema para que o programa dê certo. Por não vislumbrar que a política de juros altos seja modificada pelo governo federal, ele teme que o Produto Interno Bruto (PIB) do país não cresça os 5% ao ano almejados pelo programa.
Efraim Morais disse ainda que o preenchimento dos cargos públicos baseado no fisiologismo partidário impede que a iniciativa privada se sinta confiante para firmar parcerias com o governo. Da mesma forma, o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sinalizar que enxugará os gastos públicos e reduzirá despesas funciona como um complicador a mais para o sucesso do PAC.
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) registrou que Zózimo Tavares, jornalista do Diário do Povo, do Piauí, escreveu recentemente que "esse PAC é muita farofa e pouca lingüiça".
05/02/2007
Agência Senado
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