Efraim também quer afastamento de José Dirceu
O senador Efraim Morais (PFL-PB), líder da minoria, pediu nesta sexta-feira (13), em Plenário, o afastamento do ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, em decorrência da publicação, pela revista Época, de denúncias de corrupção contra Waldomiro Diniz da Silva, subchefe de assuntos parlamentares da Casa Civil.
- Já tomamos conhecimento de que Waldomiro foi exonerado. Mas ainda consideramos pouco, já que ele estava a 40 metros do gabinete de Dirceu. Está aí uma grande oportunidade para o PT, que durante toda a sua existência usou a tribuna para denunciar escândalos e pedir providências - afirmou.
Efraim relatou que já assinou pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias publicadas pela revista Época. Ele disse que espera contar também com a assinatura dos parlamentares do PT. Segundo o senador, a oposição já fez a sua parte ao apresentar a denúncia e agora cabe ao governo esclarecer o caso e apresentar a sua defesa.
O senador pediu a transcrição nos Anais do Senado de artigos publicados pelos jornalistas Villas-Boas Corrêa e Clóvis Rossi, respectivamente no Jornal do Brasil e na Folha de S. Paulo. Em seu artigo, "Recados do povo", Villas-Boas comentou a queda de popularidade do governo ao longo dos últimos meses. Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) disse que existe freio para tudo, "menos para queda política".
No artigo "O PT, a torta e o aniversário", por sua vez, o jornalista Clóvis Rossi enumera notícias referentes à data de aniversário do partido do presidente da República, como o aumento dos juros para empréstimos a pessoas físicas e os cortes de verbas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Ao final do artigo, considerou justo o episódio em que o ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, recebeu uma torta na cara, uma vez que o PT "começou jogando, simbolicamente, tortas na cara de todos os adversários".
- Não defendo este estilo de jogar torta na cara de ninguém, mas os que estão fazendo isso vêm de uma tendência do PT, que ensinou a prática e agora não tem do que reclamar - disse Efraim.
13/02/2004
Agência Senado
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