Empresário diz que emprestou dinheiro a Eurico Miranda e Parreira



O empresário Reinaldo Menezes da Rocha Pitta admitiu, em depoimento prestado nesta terça-feira (dia 24) à CPI do Futebol, que emprestou dinheiro ao deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), a seu filho Miguel Ângelo e ao ex-técnico da Seleção Brasileira Carlos Alberto Parreira. "Emprestei porque temos uma relação de intimidade, de carinho, de família, de amizade profunda", disse o empresário, que é dono da Gortin Promoções Ltda. e agencia 120 jogadores de futebol, entre profissionais e amadores. Ele também empresaria o jogador Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldinho.

Em resposta às indagações do senador Geraldo Althoff (PFL-SC), Reinaldo Pitta negou que tenha contas bancárias no exterior ou que tenha efetuado depósitos em paraísos fiscais. O empresário, pressionado pelo relator e pelo presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), prometeu abrir seu sigilo bancário e fiscal. Pitta salientou, no entanto, que é o tesoureiro da associação de empresários de futebol, que se opõe às quebras de sigilo pedidas pela CPI. A associação agrega os 17 empresários que agenciam jogadores brasileiros e são reconhecidos pela Fifa.

Álvaro Dias criticou a associação de empresários por tentar obstruir os trabalhos da CPI, por meio de liminares na Justiça. "Só podemos deduzir que esses empresários temem que suas negociatas sejam trazidas à luz pela CPI", disse o senador. Althoff salientou que os empresários da Fifa chegaram a exigir a extinção da CPI do Futebol.

Ao senador Maguito Vilela (PMDB-GO), Pitta admitiu que mantém negócios com o clube Goiás, e com todos os grandes clubes brasileiros. Ao senador Geraldo Cândido (PT-RJ), Reinaldo Pitta disse que seu trabalho auxilia os jogadores, defendendo seus interesses.

24/04/2001

Agência Senado


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