Ex-presidente do Nacional depõe na Subcomissão de Liquidação dos Bancos
O ex-presidente do Banco Nacional, Marcos Magalhães Pinto, depõe na próxima terça-feira (30) na subcomissão temporária que avalia a situação de instituições financeiras que se encontram sob regime de intervenção pelo Banco Central. Também depõe o liquidante, Reginaldo Brandt Silva. Um dos principais objetivos da subcomissão é saber quanto o Banco Central gasta mensalmente com estas instituições.
Os senadores querem saber com exatidão quantas são as instituições em liquidação - estima-se que sejam cerca de 100 - e quanto tempo cada uma delas está sob este regime. Os próximos a depor devem ser os representantes dos bancos Bamerindus, Mercantil de Pernambuco e Banorte.
O Banco Nacional passava por dificuldades desde 1986, mas teria escondido essa situação por quase dez anos por meio de artifícios contábeis - créditos fictícios teriam sido feitos em mais de mil contas. Em 18 de dezembro de 1995, quando o Banco Central decretou Regime de Administração Especial Temporária (Raet) no banco e pediu à Justiça a indisponibilidade dos bens de todos os integrantes da diretoria e dos acionistas majoritários, o rombo estimado era de R$ 5,5 bilhões.
Junto com a decretação do Raet, o BC concedeu um financiamento do Proer, criado duas semanas antes, para equilibrar o patrimônio de uma parte do banco, que foi vendida ao Unibanco. Agências, funcionários e clientes do Nacional ficaram com o Unibanco; as dívidas, incluindo a com o Proer, ficou com a parte do banco que continuou sendo denominada Banco Nacional e está até hoje em liquidação extrajudicial.
26/11/2004
Agência Senado
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