Fátima Cleide protesta contra CPI que investigará sindicato em Rondônia
A criação na Assembléia Legislativa de Rondônia de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero) foi motivo de protesto por parte da senadora Fátima Cleide (PT-RO). Para ela, essa CPI é uma tentativa de intimidar e coagir a entidade que representa milhares de funcionários públicos.
- É, sobretudo, um ataque frontal à autonomia e à liberdade sindical. Por isso, uma das providências que está sendo adotada é o encaminhamento à Organização Internacional do Trabalho (OIT), no próximo dia 25, pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), de denúncia pela prática anti-sindical da Assembléia Legislativa de Rondônia. O encaminhamento se dará durante a realização do seminário "Trabalho Decente", que a OIT estará promovendo em São Paulo - afirmou.
A senadora disse que o governador Ivo Cassol, "com seu autoritarismo, atenta contra a livre associação patrocinando atos imperiais para calar as forças democráticas da sociedade". Como exemplo, Fátima Cleide lembrou a suspensão do desconto em folha da mensalidade sindical dos servidores e o corte de qualquer outro desconto referente ao sindicato, após a greve de 40 dias do ano passado.
Fátima Cleide acusou os deputados Miguel Sena e Alexandre Brito, autores do requerimento de criação da CPI, de serem "alinhados e subservientes ao governador" e alvo de ação penal na Justiça de Rondônia. Segundo a senadora, por trás das intenções investigativas estariam interesses de ordem pessoal.
- No caso do médico Alexandre Brito, que responde a denúncias de erro médico, seu plano de saúde, Ameron, foi rechaçado pelos trabalhadores em educação. Miguel Sena, ex-secretário de Saúde no primeiro mandato deste governo, acusado de desviar milhões em recursos públicos da saúde, tinha como chefe de gabinete ex-dirigente do Sintero, que foi expulso e perdeu duas eleições sindicais consecutivas - concluiu.21/06/2007
Agência Senado
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