Fátima Cleide reclama medidas contra violência em Rondônia



A senadora Fátima Cleide, do PT de Rondônia, cobrou nesta sexta-feira (26), das autoridades do seu estado, medidas para o enfrentamento da violência que, como disse, "corre solta" em todos os municípios. Na capital, Porto Velho, conforme a senadora, três ônibus foram recentemente incendiados e, em um desses crimes, o motorista ficou com 40% do corpo queimado. Como exemplo da falta de controle, Fátima Cleide citou ainda atentado contra a sede do Ministério Público Estadual, alvejada com onze tiros, além do assassinato do secretário adjunto de Segurança Pública, César Pizzano.

- Quando o próprio secretário adjunto de segurança é assassinado, que garantia resta ao cidadão de nossa capital? - indagou.

Ao analisar o problema de Rondônia, a senadora comentou a questão da segurança pública no país. Segundo Fátima Cleide, os números da violência sempre foram "deploráveis". Com base em números do IBGE, ela informou que, em 2001, os homicídios deixaram quase 47 mil vítimas, contra 4 mil mortes de soldados americanos em cinco anos na Guerra do Iraque.

Para Fátima Cleide, o fator econômico e social não pode ser desconsiderado quando se analisa as causas da violência. Segundo ela, o governo federal tem feito uma política de distribuição de renda eficaz, além de investir em programas de geração de emprego, infra-estrutura e no incentivo à agricultura familiar. Porém, conforme analisou, o governo federal não poderá, isoladamente, superar o "histórico desequilíbrio econômico-social".

- Os governos estaduais precisam investir forte, de forma complementar, em políticas de educação, cultura, lazer e esportes, para que possamos melhorar a realidade de milhões de brasileiros - afirmou.

No caso do seu estado, Fátima Cleide disse que os investimentos federais "parecem não surtir efeito" para minimizar a violência. Segundo ela, o Mapa da Violência de 2008 mostra que 19 municípios de Rondônia estão entre os 10% mais violentos do Brasil. A média de homicídios em Porto Velho foi de 68,4 por cem mil habitantes e, no extremo, chegou a 85,9 por cem mil habitantes em Chupinguaia, diante de uma média de 2,15 mortes para cada cem mil habitantes em Portugal e 0,77 na Espanha.

- São, por certo, realidades muito distintas da nossa. Meu objetivo em citá-las [estatísticas de outros países] é porque considero imprescindível perseguir metas que possam reduzir a violência a níveis aceitáveis dentro de nossa realidade. O povo que mora e trabalha em Rondônia tem esse direito - disse.



26/06/2009

Agência Senado


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