Fátima Cleide registra necessidade de medidas para aumentar participação da mulher no Legislativo
A senadora Fátima Cleide (PT-RO) registrou em Plenário, nesta sexta-feira (17), a realização da 10ª Conferência Regional da Mulher da América Latina e do Caribe, que aconteceu na semana passada, em Quito, capital do Equador. Ela ressaltou que uma das propostas do documento final do encontro - do qual participou representando o Congresso Nacional - defende a adoção de medidas e mecanismos, inclusive reformas legislativas, para garantir às mulheres maior participação em cargos públicos e representação política com a meta de alcançar paridade nas instituições públicas.
Nesse contexto, a senadora fez em Plenário um apelo para que os deputados federais, que tratam da reforma política em tramitação na Câmara, discutam mecanismos que possam ampliar a presença da mulher no Legislativo. Segundo Fátima Cleide, 42% das vagas do Senado na Argentina são de mulheres e, na Câmara daquele país, a participação é de 33%.
- E nós, no Senado do Brasil, somos apenas 10% e, na Câmara, 9%. Precisamos avançar muito - afirmou ela.
Fátima Cleide citou ainda um levantamento feito pela Inter-Parliamentary Union, envolvendo 189 países, segundo o qual o Brasil ocupa a 102ª posição em termos de representação feminina na política. Na América do Sul, essa pesquisa indica que o país está em último lugar.
A parlamentar ressaltou que estiveram presentes na conferência mulheres de mais de trinta países, e que esse "é um evento que abraça as mulheres negras, índias, pobres, ricas, trabalhadoras urbanas e rurais, organizadas ou não em movimentos de defesa dos direitos da mulher".
Mulheres negras
Outro registro feito pela senadora refere-se ao lançamento, na última terça-feira (14), do livro Mulheres Negras do Brasil, de Schuma Schumaher e Érico Vital Brasil.
- Com cerca de 950 imagens que ilustram o cotidiano, o livro apresenta um novo olhar sobre o passado e busca superar a invisibilidade dessas heróicas mulheres em nossa História, destacando suas contribuições na formação da identidade brasileira - disse ela.
Fátima Cleide homenageou ainda Irene Morgan, falecida na semana passada, considerada a primeira mulher negra a rejeitar publicamente as leis de segregação norte-americanas. A parlamentar lembrou que, em 1944, Irene se negou a ceder seu assento em um ônibus a pessoas de cor branca, na cidade de Baltimore, no estado de Maryland, "e com esse gesto mudou a história dos negros norte-americanos e do próprio país".17/08/2007
Agência Senado
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