FERNANDO BEZERRA PREVÊ MAIOR PARTICIPAÇÃO DO SENADO NA DISCUSSÃO DOS TEMAS ECONÔMICOS



A crise que o país atravessa levará a uma maior participação do Senado Federal nos debates econômicos, previu nesta terça-feira (23) o senador Fernando Bezerra (PMDB-RN). Ele acredita que o Congresso Nacional terá uma presença mais intensa nessas discussões, que até agora vêm sendo conduzidas quase que exclusivamente pelo Poder Executivo.O senador - que deverá ser indicado por seu partido para a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) - afirmou que a aprovação da reforma tributária será uma prioridade do Congresso este ano.- A reforma tributária deverá ser aprovada este ano. Esse foi o compromisso feito pelo presidente do Congresso Nacional, senador Antonio Carlos Magalhães, na conversa que tivemos quando fui levar a ele minhas preocupações, como senador e como presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) - disse Fernando Bezerra.Após comentar que a reforma tributária é um tema extremamente complexo, o senador opinou que ela deverá ter como meta aumentar a produtividade do produto brasileiro dentro do quadro do mercado mundial integrado, que se convencionou chamar de globalização. Outro aspecto importante será desonerar a produção, interna e externamente, "para que os produtos brasileiros sejam competitivos aqui e lá fora". Além disso, deverá alargar a base de contribuição, aumentando o universo dos que pagam impostos.Fernando Bezerra acredita que a discussão sobre a reforma tributária colocará trabalhadores e empresários em um ponto de vista convergente. Ele entende que a principal diretriz será o aumento da produção, o que gerará mais empregos. Embora considere que a moratória declarada pelo governador de Minas Gerais, Itamar Franco, seja um caso pessoal, Fernando Bezerra ressaltou a necessidade de se manter a renda dos estados. Para ele, é necessário que se crie, na discussão sobre a reforma tributária, um mecanismo que assegure a manutenção das arrecadações estaduais atuais.O senador não acredita que a desvalorização do Real tenha maiores conseqüências do que as já anunciadas. Para ele, a questão cambial é hoje meramente "artificial e especulativa", não devendo, por isso, agravar a crise.

23/02/1999

Agência Senado


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