Ferraço aponta desafios que brasileiro vai enfrentar na OMC




Ferraço vê dificuldades para novo diretor-geral da OMC

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), apontou, nesta quinta-feira (12), desafios que aguardam o novo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo. Segundo Ferraço, são pouco animadoras as perspectivas sobre o futuro do multilateralismo, como mostra o impasse que já perdura há mais de uma década na Rodada de Desenvolvimento de Doha, como foi denominada a rodada de negociações multilaterais no âmbito da OMC, no Qatar, em 2001.

Para o presidente da CRE, a crise econômica de 2008 deixou graves sequelas mundo afora, principalmente nas economias desenvolvidas, assoladas pelo baixo crescimento e o alto desemprego. Outros resultados, como observou, são o recrudescimento do protecionismo e a corrida por acordos bilaterais.

Em dezembro, em Bali, na Indonésia, como previu Ferraço, a capacidade de liderança e articulação de Azevêdo será posta à prova em reunião que pode relançar ou terminar de sepultar a Rodada Doha.

– No núcleo da discórdia que até aqui inviabilizou Doha estão as negociações sobre agricultura. Cuida-se do capítulo que mais afasta os interesses do Sul, que desejam ampliar seu acesso a mercados, enquanto os países desenvolvidos relutam para preservar estruturas agrícolas que são insustentáveis sem subsídios e outras proteções artificiais – acrescentou.

Os senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Ana Amélia (PP-RS) apoiaram a manifestação de Ferraço sobre a posse do diplomata brasileiro na direção-geral da OMC, ocorrida no dia 9 de setembro, em Genebra, Suíça.



12/09/2013

Agência Senado


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