FHC não conseguiu minimizar desigualdades sociais, afirma Suplicy
- A pobreza e a miséria em que se encontram quase 60 milhões de brasileiros demonstram que as ações do presidente, nos sete anos em que permaneceu no comando da nação, não corresponderam às promessas de Fernando Henrique quando assumiu e reassumiu a presidência do país - declarou Suplicy.
Segundo o senador, a frase "o Brasil tem pressa", dita por Fernando Henrique Cardoso em seu discurso de posse, demonstrava uma intenção - de promover a justiça social - que não chegou a ser concretizada.
- Fernando Henrique tem a maior responsabilidade sobre o quadro que persiste de desigualdade no Brasil. As ações do governo nesse sentido foram muito modestas.
Em aparte ao orador, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) concordou com a necessidade de se melhorar a distribuição de renda nacional mas disse que mudanças dessa natureza dependem, basicamente, de avanços no processo educacional. Observou ainda que muitas vezes o governante não pode fazer tudo o que deseja.
Também os senadores Ricardo Santos (PSDB-ES), Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) e Carlos Patrocínio (PFL-TO) concordaram com a preocupação de Suplicy, mas realçaram a melhora de outros índices durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Santos destacou que a percentagem de brasileiros que ficavam abaixo da linha de pobreza na década de 80 (cerca de 40%) foi reduzido para 34%, percentual que representa 50 milhões de pessoas. "Esse ainda é um número elevado e inaceitável mas temos que reconhecer que outros indicadores ressaltam avanços do país nos setores de saúde e educação, por exemplo".
05/04/2001
Agência Senado
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