Flexa Ribeiro: relatório internacional mostra caos na educação e carga tributária insuportável
De 122 países pesquisados pelo World Economic Forum, entidade sem fins lucrativos com sede na Suíça, o Brasil ficou na 112ª posição no que diz respeito à qualidade de seu sistema educacional e apresentou a maior carga tributária. Números do relatório da entidade foram apresentados em Plenário pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que considerou "um caos" o ensino oferecido pelo Estado brasileiro.
- O relatório mostra a triste realidade da educação brasileira e o peso excessivo da regulação, da burocracia e da tributação do governo, que vêm freando o desenvolvimento do Brasil - lamentou Flexa Ribeiro.
O senador lembrou que o ministro da Educação, Fernando Haddad, já havia traçado um quadro sombrio da educação estatal brasileira quando o governo lançou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Causou surpresa, conforme Flexa Ribeiro, a afirmação do ministro de que existem no país 18 mil escolas sem energia elétrica, nas quais estudam 840 mil alunos.
Ribeiro manifestou apoio ao PDE e disse torcer para que as idéias saiam do papel e que o governo destine mais recursos à educação básica, que até agora "continua recebendo apenas as migalhas", mas "gasta muito mais com o ensino superior".O senador citou outro relatório, preparado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), revelando que, entre os 30 países-membros e quatro associados (Brasil, Chile, Israel e Rússia), o Brasil é o que menos gasta com educação primária (US$ 870 per capita). Portugal gasta US$ 4.489.
Em aparte, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou que o governo Lula se sustenta à custa da bonança econômica mundial e graças às reformas feitas pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Sérgio Guerra (PSDB-PE) constatou que há uma grande distância entre "o Brasil real e o Brasil da propaganda do governo". Já Lúcia Vânia (PSDB-GO) lembrou que o governo FHC executava um programa que levava energia elétrica de origem solar às escolas rurais de áreas isoladas, mas o governo Lula abandonou o programa.
03/05/2007
Agência Senado
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