Fortunati está na mira de todos os partidos políticos



Fortunati está na mira de todos os partidos políticos Ontem ele almoçou com o PSB, jantou com o PPS e, no mesmo tom de informalidade, continua hoje a agenda de reuniões O vereador José Fortunati O (ex-PT) continua na mira de todos os partidos políticos gaúchos. Ontem ele almoçou com o vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque. À noite, jantou com o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire. Hoje, às 10h, reúne-se com o presidente nacional do PL, Paulo Gouvea, que o convidará a ingressar na bancada do PL da Câmara Municipal de Vereadores. Fortunati disse que está conversando com todos sem nenhuma formalidade. Admitiu os convites oficiais do PSB e do PPS e deixou claro que sua escolha será por uma agremiação partidária "progressista de esquerda e que tenha democracia interna". O vereador não esconde sua preocupação em definir seu futuro político para concorrer nas próximas eleições. Mas deixa escapar que ainda "não parou de sonhar com o Senado Federal". Fortunati disse ainda que conhece bem o PSB porque era seu antigo parceiro político. PT elege presidente no domingo. O presidente nacional do PT será eleito no próximo domingo em eleições diretas. O candidato paulista Markus Sokol, da tendência O Trabalho, mostra-se satisfeito com o seu desempenho nos debates com os concorrentes. Sokol esteve em 17 estados, onde expôs seus projetos aos militantes. "E preciso que o PT vá às ruas e dê uma resposta satisfatória ao povo. Precisamos pôr todas as nossas propostas em prática", enfatiza. Quanto à divisão interna Sokol é enfático. "Não existe racha no PT. Claro que há divergências, mas isso não significa que o partido esteja dividido", afirma. Jader anuncia a renúncia. Até lá, preside o Senado Senador fez declaração pouco depois de reassumir o cargo e prometeu um pronunciamento para terça-feira. Também comunicou a decisão ao presidente do seu partido, deputado Michel Temer, que afirmou que Fernando Henrique e os partidos aliados do governo são favoráveis. O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) anunciou ontem que vai renunciar na próxima semana à presidência do Senado. Fle disse que o cargo pertence ao partido e deve ser ocupado por um senador do PMDB. Jader fez a declaração na condição de presidente da Casa, pois havia anunciado, minutos antes, que reassumia o cargo. Também comunicou a renúncia ao presidente do seu partido, deputado Michel Temer, e prometeu um pronunciamento no plenário do Senado na próxima terça-feira. Até lá, continua na presidência. Jader afirmou que foi uma decisão pessoal e que não sofreu pressão alguma do partido. Suíça espera pedido para rastrear Maluf Promotores vão enviar relatório com os 41 telefonemas da família Maluf para os bancos Associação dos Bancos Suíços afirmou ontem que, se o Brasil quiser a cooperação suíça nas investigações sobre as contas que o ex-prefeito Paulo Maluf manteve no país, terá que encaminhar um pedido oficial às autoridades de Berna. Segundo as autoridades suíças, nenhum processo contra Maluf foi aberto até agora. Dados preliminares sobre Maluf já estão nas mãos do procurador de Genebra, jean Louis Crochet. Para que o pedido oficial chegasse às mãos do procurador Crochet, o govemo brasileiro teria que enviar uma solicitação, por meio de sua embaixada em Berna, ao Departamento de justiça da Suíça. "Somente quando recebermos algum pedido oficial, encaminharemos aos procuradores de Genebra", afirmou o porta-voz do Departamento de Justiça. O rastreamento parcial com dados sobre 41 ligações internacionais realizadas por Paulo Maluf (PPB) e seus familiares deverá ser enviado às autoridades da Suíça. Os promotores do Ministério Público de São Paulo consideram ter fortes indícios de que Maluf repassou os ativos depositados no Citibank Suitzerland de Genebra para o Citibank na Ilha de Jersey, paraíso fiscal no Canal da Mancha. O relatório do Bundesant Für Polizeiwsen - polícia de inteligência financeira da Suíça - confirma que, em 9 de janeiro de 1997, a Blue Diamond transferiu o dinheiro. Maluf nega possuir fundos em Jersey "ou em qualquer paraíso fiscal do Planeta". Os promotores constataram que Lígia Maluf, filha do ex-prefeito, ligou 15 vezes para o Citibank de Genebra. Entre 10 de dezembro de 1999 e 19 de janeiro de 2000, o filho Flávio Maluf ligou quatro vezes num total de 41 minutos para o HBK Investiments, consultor financeiro de grandes investidores estrangeiros na Suíça. Maluf disse que uma das 41 chamadas foi um fax de pêsames pela morte do banqueiro Edmond Safra. Sobre os outros 40 telefonemas, Maluf não se manifestou. O Ministério Público está tentando conseguir a quebra do sigilo fiscal da mulher do ex-prefeito, Silvia Maluf, dos quatro filhos e de uma nora dele. FHC diz que Cavallo exagerou Presidente diz que ministro argentino “passou dos limites” ao criticar o real Um dia depois das críticas do ministro da economia argentino, Domingo Cavallo, ao sistema cambial brasileiro, o Itamaraty divulgou uma nota oficial frisando que manterá o sistema de câmbio flutuante com o real independente de qualquer moeda. Cavallo disse à imprensa uruguaia, na quarta-feira, que, se o Brasil "perseverar com sua política de desvalorização", a Argentina "deverá pensar muito seriamente" na relação com seu principal sócio no Mercosul. O presidente Fernando Henrique disse ontem que Cavallo "passou dos limites". O ministro da Fazenda brasileiro, Pedro Malan, afirmou, na nota, que o "Brasil tem um regime de câmbio flutuante que não vai abandonar. A idéia de que o país está provocando a desvalorização é equivocada". Segundo ele, se um membro do bloco "quiser pensar" o que fazer com o Mercosul, a questão deve ser analisada nos fóruns de discussão apropriados "e não através de declarações à imprensa". Cavallo também falou em equiparar os salários entre Brasil e Argentina e assegurou que o governo argentino não admitiria percorrer o mesmo caminho brasileiro, de baixos salários. A valorização do dólar no Brasil - de R$ 1,20 para R$ 2,71 em um ano e meio - fez com que o peso argentino, atrelado ao dólar, se valorizasse em 70%, deixando a Argentina pouco competitiva. Isso deve levar a Argentina a adotar medidas contra o ingresso de produtos brasileiros. A iniciativa atingiria, principalmente, os setores de calçados, papel e celulose, aço, têxteis e alimentos. Editorial Terra arrasada e inquieta. Na contracapa da edição de ontem, o jornal O Sul publicou uma foto emblemática: em meio aos destroços, uma bandeira americana, calcinada e meio tombada, é colocada ereta por três bombeiros. Ao redor, edifícações destruídas parecem retratar uma civilização extinta. Neste cenário de terra arrasada, o aparato de segurança nacional dos Estados Unidos tenta encaixar as peças deste quebra-cabeças macabro: quem são os autores e mentores dos atentados? Como foi possível o seqüestro simultâneo de quatro aviões comerciais? Como impedir ataques por parte de terroristas dispostos a morrer e a matar? Ninguém sabe ainda o que o presidente George W Bush fará. Enfrentando uma das maiores crises da história do país, ele está sendo criticado por ter passado a imagem de vacilante, lento na reação. Os jornais começam a publicar artigos e manifestações de leitores acusando o governo pelas falhas na segurança. Não perdoam o presidente por tratar o terrorismo como crime comum e não como ato de guerra. Os conservadores vieram à tona, defendendo o escudo anti-mísseis proposto pelo Pentágono, dizendo que ele não só é a melhor defesa como também a melhor ação ofensiva, por intimidar os inimigos do país. Sob o impacto emocional da tragédia, todos pararam para pensar: o que significa a destruição de símbolos como World Tkade Center e Pentágono? Para a revista britânica Spiked, "as explosões revelaram a fraqueza, não só do governo norte-americano, mas do domínio norte-americano da ordem mundial". O ex-chanceler Henry Kissinger diz que "o ataque ao território dos Estados Unidos ameaça a nossa forma de vida e a nossa existência como uma sociedade livre". O principal desafio do governo Bush, neste momento, é tomar as decisões certas. Enquanto a população tenta retomar sua rotina, talvez a manifestação mais sensata tenha sido a do especialista em segurança Robert Mc Grec: "Não queremos instalar mísseis no topo de nossas casas. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio que não ameace nossa segurança nem nossa capacidade de funcionar como sociedade livre". Topo da página

09/14/2001


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