Garibaldi alerta para perdas na remuneração do FGTS
O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) defendeu da tribuna do Senado, nesta quarta-feira (10), que a sociedade mantenha uma atenção especial na administração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Ele lembrou que o fundo é um patrimônio do trabalhador brasileiro e é preciso que estejamos seguros de que esse dinheiro está sendo utilizado com probidade e competência.O senador alertou ainda para as perdas registradas na remuneração do Fundo no último ano.
Segundo Garibaldi, o FGTS tem duas missões fundamentais. A primeira, ele serve para amparar o trabalhador em momentos críticos de sua vida, como em situações de perda do emprego. São momentos em que o trabalhador precisa ter um mínimo de recursos que lhe permitam recomeçar a carreira profissional e lhe possibilite, igualmente, garantir a manutenção da família.
A segunda missão do FGTS, de acordo com a explicação de Garibaldi Alves Filho, é a de propiciar investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura, que resultam em melhoria da qualidade de vida da população.
- Temos de zelar pelo equilíbrio entre as duas missões, avaliou Garibaldi. - Não podemos descuidar dos investimentos, mantendo em caixa recursos muito mais além daqueles necessários para honrar os compromissos com os trabalhadores. Mas, também, não podemos gastar tanto que coloque em risco a saúde financeira do Fundo.
Garibaldi Alves Filho afirmou ser fundamental que os recursos do FGTS sejam aplicados, efetivamente, nas áreas previstas, impedindo-se derivações que o canalizem para outros setores da economia. O senador manifestou, também, sua preocupação com as taxas de remuneração das contas vinculadas ao FGTS. Ele afirmou que somente no ano de 2008, os trabalhadores tiverem um perda real de 1,22%, considerando o rendimento de 4,68%, aplicado ao fundo, em comparação com o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), medidor oficial da inflação no país, que chegou a 5,9%. Garibaldi defendeu revisão dos indicadores que remuneram o FGTS, para que ele não fique atrelado a índices que não chegar, sequer, a repor as perdas inflacionárias.
10/06/2009
Agência Senado
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